Depois de mais de três anos sem atividade regular, o Armazém das Artes, em Alcobaça, retoma a programação cultural com a exposição “Arte Negra” que pode ser visitada até 4 de junho.
Nesta mostra que foi inaugurada no passado sábado, está representada a arte do continente africano, em particular dos povos da região subsariana.
Em exibição estão cerca de 150 obras que fazem parte de coleções de José Aurélio e da African Arte Lisboa, entre máscaras, esculturas e artefactos utilitários, desenvolvidas em materiais como a madeira, o bronze, o ferro, a cerâmica, a cestaria ou o tecido. Além de bens cerimoniais e rituais, encontram-se também expostos objetos simbólicos de autoridade e de prestígio.
“Esta exposição apresenta um universo oculto e engloba uma série de coisas que não se conseguem ver, como o simbolismo ou o fetichismo”, avança o curador da exposição e o responsável pelo Armazém das Artes. “É um tipo de arte que grande parte das pessoas desconhece. Vale a pena visitar. Não é todos os dias que temos uma exposição como esta em Alcobaça”, destaca José Aurélio, em declarações ao REGIÃO DE CISTER.
O escultor alcobacense revela que sente muita afinidade pela arte negra, razão que o tem levado a adquirir várias obras, que podem agora ser apreciadas no espaço cultural de Alcobaça. A exposição, de entrada livre, pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 10 às 12 horas e das 14 às 17:30, e também ao fim de semana, entre as 14 e as 18 horas.
“Arte Negra” que pretende dar a conhecer ao público a “magnificência da diversidade cultural inerente à arte africana”, assinala, assim, o início de um novo ciclo anual de exposições do Armazém das Artes, que resulta de uma parceria com a Fundação Cultural e o Município de Alcobaça. Para este ano está prevista a realização de outras três grandes exibições.