Três coroas e um crucifixo foram furtados da Igreja Nossa Senhora da Esperança, em Alpedriz, na noite da passada quinta-feira, tendo ainda sido subtraídos vários milhares de euros e todo o conteúdo do cofre embutido na parede.
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“São muitos, muitos milhares de euros”, estima ao REGIÃO DE CISTER o padre Virgílio Rocio, responsável da Paróquia de Alpedriz. O sacerdote não consegue ainda avaliar o valor total do prejuízo, mas adianta que vai basear-se no inventário que o Departamento do Património Cultural da Diocese de Leiria-Fátima levou a cabo recentemente.
O crime está a ser investigado pela Polícia Judiciária – deslocaram-se ao local inspetores em perícias–, após a queixa ter sido efetuada junto da Guarda Nacional Republicana.
O pároco Virgílio Rocio, que acumula Alpedriz com a Paróquia de Pataias, recorda que na noite de quinta-feira esteve presente numa reunião na igreja de Alpedriz, que terminou pelas 20 horas, tendo o edifício ficado trancado.
No dia seguinte era claro que a igreja tinha sido objeto de assalto pelos sinais de arrombamento. “Na manhã de sexta-feira deparámo-nos com a grade da janela cortada e a fechadura da porta arrombada”, relata o sacerdote. No interior da igreja, o cofre estava também arrombado e vazio. Do cofre foram levadas várias peças de arte sacra, de valor ainda não contabilizado, um cartão de débito e cerca de 7 mil euros em dinheiro provenientes das Festas de Santo António, que decorreram de 16 a 18 de junho e que tinham sido entregues há poucos dias pela comissão organizadora à comissão da igreja. É verba resultante do peditório, bar, restaurante e quermesse. Foi também subtraído um outro montante que estava a ser angariado para a festa de homenagem à antiga professora e autarca de Alpedriz, Isabel Moniz.
Entre os objetos religiosos contabilizam-se as coroas das estátuas de Nossa Senhora, do menino Jesus e de Santo António, bem como um pequeno crucifixo em marfim.
“A comissão [da igreja] vai reunir esta semana para avaliar o prejuízo”, refere Virgílio Rocio, aliviado porque uma valiosa custódia, segurada em 30 mil euros, se encontra em exposição no Museu de Leiria.
Por contabilizar estão também os prejuízos causados na janela, porta e cofre da centenária igreja de altar em talha dourada.