Que bom, mãe, já começaram os anúncios de Natal!
Foi assim que me dei conta de que os meus filhos viam publicidade. Mais, foi esta frase que me fez largar o comando da televisão e ficar ali, uns bons minutos, a ver todos os anúncios que, nestas datas, preenchem os intervalos alargados dos noticiários.
Tal como as pessoas, também a publicidade muda nesta época. E tal como as famílias, também as empresas se esforçam por colocar de lado algumas práticas mais agressivas e procuram mostras os seus desejos mais luminosos.
Há mesmo quem promova, nas redes sociais, verdadeiros debates dobre os melhores anúncios de cada Natal. Uns gostam dos divertidos, outros preferem os sentimentais. Alguns só falam da magia e dos bons sentimentos. Outros apelam à beleza e à solidariedade e outros atrevem-se a mensagens que julgam mais populares. Uns transportam-nos para espaços requintados, outros remetem-nos para o conforto e o cheiro a lenha queimada.
Para mim, a magia das festas também passa pela música e pelas imagens icónicas dos anúncios de Natal. Ainda hoje me lembro de algumas frases dos anúncios da minha infância, como o das fantasias de chocolate com a menina que dizia ao avô: “não, não, o coelhinho veio com o pai natal e o palhaço no comboio ao circo”.
Não sei bem se as marcas vão continuar a usar os intervalos dos telejornais para promoverem os seus produtos, mas algo me diz que vão, seguramente, continuar a inventar estes magníficos filmes que chegam ao coração de todos e que, um dia, talvez inspirem uma destas crónicas aos meus filhos.