A revisão dos estatutos do clube (que datam de… 1958) e a melhoria das infraestruturas, com o regresso às instalações desportivas no Pinhal Fanheiro, no Bárrio, são algumas das premissas do quarto mandato de Hélder Nunes à frente da Direção do Ginásio Clube de Alcobaça. O dirigente foi eleito para o biénio (2024/2026), na passada sexta-feira, tendo recolhido 36 votos a favor. Registaram-se quatro votos em branco e uma abstenção num sufrágio que contou apenas com uma lista a votos.
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Após ser reeleito, Hélder Nunes traçou os principais objetivos ao REGIÃO DE CISTER, asseverando, desde logo, a intenção de “modernizar os estatutos”. “Qualquer pessoa poderia chegar aqui hoje [sexta-feira], inscrever-se como sócio do Ginásio e ser presidente daí a meia hora”, exemplificou, dando conta da necessidade de atualizar um documento que data de 1958. “Foi uma das poucas coisas que não consegui cumprir, mas espero que o consigamos fazer neste mandato”, frisou.
Além do tema, que mereceu particular atenção do dirigente, também a requalificação das infraestruturas foi abordada. “O que pretendemos é melhorar infraestruturas. Temos um projeto do Crescer 2024 que tem que ver com a cobertura das bancadas e com os bancos em plástico, que tem um custo de sensivelmente 80 mil euros, e que será suportado em parte por aquele programa, sendo o restante apoiado por verbas municipais”, disse. “Além disso, há também a questão dos balneários. Há um projeto da Câmara para novos balneários, que implica também uma construção de salas e de posto médico –, o necessário para conseguirmos manter o nível de certificação –”, revelou Hélder Nunes, acrescentando que esta última obra será suportada pela autarquia, proprietária do Estádio Municipal.
A requalificação do Municipal de Alcobaça é, aliás, uma das “empreitadas” em curso, mas, em simultâneo, há também a “pasta” Pinhal Fanheiro. “O Ginásio tem, neste momento, 15 equipas com 318 atletas, e teremos condições, em breve, para conseguir mais. O facto de contar com mais um equipamento desportivo para a realização de treinos e jogos vai permitir aumentar esse número e dar mais tempo de treino aos nossos atletas”, sublinhou o alcobacense, antecipando a necessidade de mudar o relvado do Municipal. “Dentro de pouco tempo, o relvado estará inutilizável e teremos que ir jogar a outro lado. Se tivermos o campo do Pinhal Fanheiro em condições será menos uma preocupação”, antecipou, já depois de apontar “a melhoria dos resultados desportivos e a aposta no futebol feminino” como bandeiras do quarto mandato.
A certificação enquanto entidade formadora foi também enfatizada durante a assembleia geral, que decorreu no auditório da Escola Adães Bermudes, tendo sido depois comentada pelo presidente. “Pela pontuação que temos, há uma forte possibilidade de perdermos uma estrela (o Ginásio é certificado com quatro estrelas) devido à questão dos resultados desportivos”, explicou, repisando o desejo de ter uma equipa dos escalões de formação a competir nas competições nacionais.
Na reunião magna, que reuniu quatro dezenas de associados e que elegeu Filipa Gomes (presidente da Junta do Bárrio) como presidente da Mesa da Assembleia Geral e Noel Branco como responsável pelo Conselho Fiscal, foram também votadas as contas relativas ao exercício de 2023, tendo-se registado 39 votos a favor e uma abstenção.
“O clube não pode entrar em diabruras e tem que continuar numa gestão sustentável. Obviamente não vamos reduzir mais dívida aceleradamente. O clube tem uma dívida de pouco acima dos 8 mil euros”, garantiu o presidente do Ginásio até 2026.