A insegurança levou um grupo de maiorguenses à última reunião pública de Câmara, onde os munícipes reclamaram mais e melhores medidas de trânsito em alguns locais da freguesia.
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Excesso de velocidade, veículos mal estacionados e má visibilidade são alguns dos aspetos focados pelo grupo, que se junta, assim, à luta de anos do presidente da Junta. Sérgio Rocha enumera as muitas reuniões e pedidos que o seu executivo fez para procurar soluções para o perigo de algumas vias, onde os veículos excedem os limites de velocidade. O autarca coloca especial ênfase em alguns pontos negros na vila – como o cruzamento com a Rua 1.º de Dezembro, a Rua 25 de Abril, o pelourinho e a escola -, mas também na restante freguesia, com destaque para as localidades da Boavista e da Bemposta. “É um verdadeiro milagre não ter acontecido nada grave mais recentemente”, considera Sérgio Rocha, que lembra a morte de um maiorguense de 59 anos, em 2017, vítima de uma colisão, num cruzamento da EN 8-5, na Fervença, com pouca visibilidade.
O socialista defende a redução das vias, de forma a que circule um veículo de cada vez, forçando a redução da velocidade. “Alguma coisa tem de ser feita, nós estamos abertos a todas as propostas”, refere o autarca da Maiorga.
A falta de cuidado dos condutores é a grande culpada pelo sentimento de insegurança dos maiorguenses, considera o presidente. “Mesmo com campanhas, as pessoas cada vez têm menos civismo”, desabafa Sérgio Rocha, que defende mais policiamento. “A GNR devia intervir mais, devia pôr radares dentro das freguesias”, sustenta o autarca.
O presidente da Câmara constatou que “nos últimos anos não têm acontecido atropelamentos na Rua 25 de Abril nem na Rua 1.º de Dezembro, o que não invalida que se olhe para o problema do trânsito”. Hermínio Rodrigues reconhece que “a zona mais central da freguesia precisa de uma intervenção” e a solução poderá passar por “subir o nível do piso, criar estruturas para que as pessoas percebam que estão a entrar num território diferente, mais perigoso, mais urbano”.
Hermínio Rodrigues, que assegurou que a comissão municipal de trânsito procura soluções, garantiu que, no caso do trânsito junto à escola, a situação será resolvida até setembro, antes do início do próximo ano letivo.