A Câmara da Nazaré está a preparar uma moção para pressionar o Governo para a necessidade de encontrar financiamento para o projeto de requalificação e ampliação da Escola Amadeu Gaudêncio. O documento deverá estar pronto em meados deste mês.
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A garantia foi dada ao REGIÃO DE CISTER pelo vereador com o pelouro da Educação, que tinha feito o alerta, na última reunião do executivo, para a forte possibilidade de o financiamento comunitário para a obra de 2,3 milhões de euros ser rejeitado.
Oficialmente ainda não há qualquer decisão, confirma Orlando Rodrigues, que explica que recebeu a informação, de forma informal, de que a escola da Nazaré não será contemplada com fundos europeus no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “Iremos fazer pressão junto do Governo central”, reforça o autarca, que diz não entender “como é que a Escola Amadeu Gaudêncio não é considerada uma prioridade”. Orlando Rodrigues descreve “um parque escolar que a Câmara herdou já degradado” e que não responde às necessidades atuais, nomeadamente ao crescimento da população escolar. “Conheço escolas que vão ser financiadas como prioridade 1 e a Nazaré está num patamar completamente diferente em termos de degradação e não vai ser contemplada”, lamenta o vereador.
O projeto de requalificação e ampliação do estabelecimento escolar foi anunciado em abril pela Câmara. Na ocasião, o presidente da Câmara e responsável pelo pelouro das Obras Públicas, Manuel Sequeira, falou de uma intervenção para ampliar o edifício, mas também para melhorar as condições no estabelecimento de ensino.
Em vez dos atuais 6.433 metros quadrados de área bruta de construção, o projeto prevê que a escola passe a contar com 7.253 metros quadrados, depois de uma ampliação de cerca de 820 metros quadrados, a que se acrescenta a nova área desportiva. “É um campo coberto e outro descoberto para evitar que os alunos sejam obrigados a sair do recinto da escola para a prática de atividade desportiva”, explicou, à data, o diretor do Agrupamento de Escolas da Nazaré, João Magueta. As obras são consideradas fundamentais cinco anos depois de a Amadeu Gaudêncio ter deixado de ter apenas o 2.º e 3.º ciclos e passado a acolher também o ensino secundário.
Atualmente, a escola sede do Agrupamento tem 870 alunos, cerca de duas centenas a mais do que há cinco anos. Desde então que há sete salas em estruturas modulares no exterior do recinto escolar. Está, por isso, prevista a construção de mais oito salas, consideradas, ainda assim, “insuficientes” pelo Agrupamento, que defende antes mais 12. Não obstante, “o défice de quatro salas resolve-se prolongando o horário”, disse ainda João Magueta, referindo-se ao horário de funcionamento da escola, que abre às 8:15 horas e encerra às 18:15 horas, de forma a que todas as aulas tenham lugar com normalidade.