Luís Vieira comemorou 25 anos no Grupo Parras Wines, com sede na freguesia da Maiorga, no passado dia 21 de novembro, numa cerimónia que juntou amigos, família, parceiros e clientes na Quinta do Gradil (concelho do Cadaval), naquela que foi a primeira propriedade a ser adquirida pelo empresário. A gala contou com vários momentos de música e homenagem, tendo sido ainda apresentados dois novos produtos.
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“Hoje apresentámos o ‘Saltimbanco (gama especial da Quinta do Gradil) Alfrocheiro’ e a aguardente de características únicas ‘Emília’”, partilhou o CEO do Grupo Parras Wines, em declarações aos jornalistas. Por detrás destes lançamentos estão duas curiosidades. O ‘Saltimbanco Alfrocheiro’ está associado a uma história “triste”, por um lado, mas “curiosa” por outro. “Foi um vinho proveniente de uma vinha que tínhamos com cerca de dois hectares desta casta que durante 15 anos esteve sempre a dar maus vinhos e, no ano em que decidimos arrancá-la, deu um vinho extraordinário”, explicou Luís Vieira.
Já relativamente ao lançamento da aguardente, foi aproveitado um momento, só por si, especial para fazer uma homenagem a uma pessoa importante. “Foi um produto lançado em honra da minha avó Emília, que viveu até aos 100 anos e me ensinou muito. É uma aguardente que já tem quase 60 anos de existência”, detalhou o empresário.
Sobre os 25 anos, o responsável pelo grupo sediado na Fervença, onde também está instalada a unidade de engarrafamento do grupo – Goanvi Bottling, salientou “os altos e baixos” ao longo de uma jornada marcada por “muita vontade e resiliência”. “Julgo que o nosso crescimento está relacionado com o facto de termos as equipas certas com uma ambição correta, muito trabalhadoras e profissionais. Ninguém faz nada sozinho, apenas damos a luz orientadora e tentamos que todos corram no mesmo sentido”, justificou Luís Vieira, traduzindo também os últimos 25 anos do Grupo Parras Wines para números. “Quando comprei a empresa em 1999, a faturação era de 1 milhão de euros e éramos cinco funcionários. Hoje faturamos 50 milhões de euros e somos 180. Na época, tínhamos apenas uma empresa de vinho a granel, hoje temos produção própria em três zonas geográficas do País, possuímos locais onde compramos uvas e vinificamos, temos adegas próprias, uma empresa de engarrafamento (Goanvi Bottling) que vende para mais de 40 países, e contamos ainda com o segmento do enoturismo”, clarifica o CEO do grupo.
Para o futuro, um dos objetivos passa por “promover e desenvolver o enoturismo no Alentejo” e potencializar um espaço na Goanvi Bottling dentro de uma lógica turística. “Foi criado para um enoturismo industrial, mas queremos também abri-lo ao público”, desvenda ainda o empresário.