Duas alunas que frequentam o 3.º ciclo do ensino básico do Externato Cooperativo da Benedita (ECB) foram suspensas por 12 dias por terem agredido uma colega numa zona exterior ao recinto escolar, no passado dia 15 de janeiro.
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Ao REGIÃO DE CISTER, tanto o Destacamento Territorial das Caldas da Rainha da GNR como o diretor pedagógico do ECB, confirmaram as agressões, no entanto, não especificaram em que moldes se sucederam.
O caso foi revelado, na passada segunda-feira, pelo jornal Correio da Manhã e, de acordo com a informação posteriormente veiculada pelos órgãos de comunicação social nacionais, terão sido várias as agressões à aluna, nomeadamente queimaduras com cigarros. Além disso, terão também cortado o cabelo à vítima, de 14 anos, retirando-lhe a roupa. Ao REGIÃO DE CISTER, Rosa confirma que a vítima solicitou ajuda após a agressão, tendo sido encaminhada para a GNR e, apenas mais tarde, reportado a situação à escola.
O diretor pedagógico do estabelecimento escolar refere ainda ter conhecimento da existência de “um conjunto de comportamentos graves”, entre as jovens, ainda que não tenha tido acesso a evidências que comprovem a existência de queimaduras de cigarros. “Não conseguimos confirmar este cenário pelo apuramento que fizemos no ECB, embora uma das alunas tenha sido vista a fumar, de acordo com as testemunhas. É uma situação mais difícil de avaliar por ter decorrido fora da escola”, frisou o docente, acrescentando que “a aluna foi encaminhada para o hospital e lá, certamente, que conseguiram apurar a situação”, explica.
Nuno Rosa também não confirma o facto de a vítima ter sido despida. “Quem encontrou a aluna, viu-a descalça, mas não estava despida como tem sido referido. Foi esta a tese que apurámos. Não deixando de ser grave, é um pouco diferente das notícias que têm circulado”, vincou. As jovens a quem são imputadas as agressões têm 14 e 15 anos, tendo recebido a medida sancionatória máxima (12 dias de suspensão) por parte do Externato Cooperativo da Benedita. Já a vítima, uma jovem da mesma faixa etária, encontra-se a receber apoio psicológico por parte do estabelecimento de ensino.
As três jovens, de resto, já estavam sinalizadas pelo estabelecimento de ensino na sequência de problemas antecedentes e, por esse motivo, também já recebiam acompanhamento psicológico antes deste episódio de agressões. Ao REGIÃO DE CISTER, fonte do Destacamento Territorial das Caldas da Rainha da GNR, confirmou a receção de uma queixa de uma agressão no posto da Benedita, no dia, no entanto, não foi possível apurar mais detalhes sobre a investigação. Posto isto, a autoridade policial não confirmou nem desmentiu os tipos de agressão mencionados pelo Correio da Manhã.
O caso está agora a ser investigado pelo Tribunal de Família e Menores de Alcobaça, a quem os factos foram remetidos para inquérito. Acrescente-se que, por se tratarem de menores, as acusadas não podem ser julgadas judicialmente.