O HC Turquel anunciou, no último domingo, a interrupção no projeto referente à equipa sénior feminina. Fê-lo um dia depois de ter sido vice-campeão nacional, perdendo na final diante do Benfica (0-2), equipa da turquelense Alice Vicente e que assegurou o 12.º título nacional consecutivo.
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“Esta decisão não representa um abandono. Representa, sim, um passo estratégico, com o olhar posto no futuro. Acreditamos que o caminho certo passa por fortalecer a base, apostando na formação de novas atletas — quer nas que vão crescendo na aldeia dos ‘Brutus’, quer naquelas que, vindas de outras paragens, se queiram juntar a este grande clube”, refere o comunicado do clube, referindo que apenas assim conseguirá “regressar de forma mais forte e sustentável à elite do hóquei feminino nacional”.
O HC Turquel, campeão nacional em 2011/12, tem sido um clube com forte importância no crescimento do hóquei em patins feminino, interrompendo, desta forma, um projeto que fez regressar em 2022/23, após seis épocas de interregno.
“Agradecemos também a todas as atletas que agora encerram um ciclo connosco — com especial carinho por aquelas que vieram de longe, apenas para viver a experiência única de jogar na aldeia do hóquei, onde o desporto se vive como uma família. Temos a certeza de que um dia voltarão”, enaltece ainda a nota diretiva já depois de abordar um “período de indefinição, que exige uma reflexão profunda por parte dos clubes e das entidades que tutelam a modalidade”.
A decisão, acrescente-se, já estava tomada antes do desfecho do campeonato.
É certo que o HC Turquel despediu-se com uma derrota, mas houve (mesmo muita) emoção à mistura.
No final do encontro, e num momento em que as encarnadas faziam a festa, o clube destacou todas as jogadoras que constituíram o plantel, deixando-lhe fortes palavras de agradecimento. Houve muitas lágrimas e, como é apanágio na aldeia do hóquei, uma forte comunhão com os adeptos turquelenses, que se fizeram ouvir nos aplausos às jogadoras.
Ao REGIÃO DE CISTER, o técnico Elvis Canas falou em “frustração” pelo resultado final, mas mostrou-se “cheio de orgulho” num grupo que considerou “fantástico”.