Com 14 espetáculos na programação principal, o Cistermúsica 2015, dedicado aos 25 anos da elevação do Mosteiro como Património da Humanidade, vai ser a edição “mais internacional de sempre” do festival de música clássica de Alcobaça.
Com 14 espetáculos na programação principal, o Cistermúsica 2015, dedicado aos 25 anos da elevação do Mosteiro como Património da Humanidade, vai ser a edição “mais internacional de sempre” do festival de música clássica de Alcobaça.
O concerto de abertura terá lugar no Claustro do Rachadouro, a 26 de junho, pelas 22 horas, com a apresentação de “Carmina Burana”, de Carl Orff, pela Banda Sinfónica de Alcobaça, o Coro Sinfónico Lisboa Cantat, o Coro Infantis Lisboa Cantat e o Coro Infantil da Academia de Música de Alcobaça, sob direção musical de Rui Carreira.
O concerto de encerramento será o Requiem de Mozart, pela orquestra Sinfonietta de Lisboa, o coro Ricercare e um grupo de solistas, que terá lugar na nave central do Mosteiro no dia 26 de julho, pelas 18 horas.
Até lá, há muitos concertos e bailados a merecer destaque. Desde logo, o Moscow Piano Quartet, que também celebra 25 anos e do qual faz parte um dos diretores artísticos do festival, Alexandre Delgado, que fará a estreia da obra encomendada ao compositor alcobacense Daniel Bernardes, num programa que inclui Beethoven e Prokofiev. Os concertos decorrem a 15 de julho na Biblioteca Municipal da Nazaré e a 18 de julho no Claustro D. Afonso IV, este último integrando o Cistermúsica nonstop.
Em 2015, o Cistermúsica, que reforçou a presença de artistas internacionais, traz pela primeira vez a Alcobaça a Companhia Nacional de Bailado, que exibe “Orfeu e Eurídice” no Claustro do Rachadouro, a 11 de julho. Também a Orquestra Gulbenkian se estreia no festival de Alcobaça, a 3 de julho, no Cine-teatro João d’Oliva Monteiro, com um concerto sinfónico.
Outras novidades são a presença do Cistermúsica, pela primeira vez, nos concelhos da Marinha Grande e Peniche. Os ingleses do Gould Piano Trio mostram-se no Teatro Stephens, na cidade do vidro, a 4 de julho. A 31 de julho, em concerto extra, Jenny Silvestre e Luís Peças apresentam música barroca na Igreja da Misericórdia de Peniche,
Alexandre Delgado, considera que os concertos de abertura e encerramento “são dois blockbusters da música clássica” e destacou a capacidade de atratividade de Alcobaça. “O Cistermúsica não é só música, é a beleza dos espaços”, frisou o compositor, aludindo ao facto de o festival ser valorizado com a utilização de recantos do Mosteiro e outros locais emblemáticos.
Rui Morais, diretor-executivo do Cistermúsica, e que trabalha na direção artística com Alexandre Delgado, elogiou a recente assinatura de um protocolo entre a Banda de Alcobaça, entidade organizadora do festival em conjunto com a Câmara, e a Direção-Geral do Património Cultural, que permite a continuidade da simbiose entre o festival e o Mosteiro. “Essa parceria fica, de certo modo, institucionalizada e não fica dependente das lideranças respetivas”, salientou o gestor cultural.
Em 2015, o Cistermúsica apresenta um orçamento a rondar os 145 mil euros, com apoio da Direção-Geral das Artes no valor de 88 mil euros e da Câmara de Alcobaça de 40 mil euros. As restantes receitas dividem-se entre a bilheteira, os patrocínios e as parcerias com outros festivais.