O presidente da Câmara da Nazaré e o representante da Associação de Pescadores da Nazaré, Joaquim Zarro, ofereceram, ontem, à ministra da Agricultura e do Mar as últimas sardinhas pescadas, numa ação que visa sensibilizar o Governo para negociar melhores quotas de captura para 2016.
O presidente da Câmara da Nazaré e o representante da Associação de Pescadores da Nazaré, Joaquim Zarro, ofereceram, ontem, à ministra da Agricultura e do Mar as últimas sardinhas pescadas, numa ação que visa sensibilizar o Governo para negociar melhores quotas de captura para 2016.
Os pescadores da Nazaré estão proibidos, desde as 12 horas do passado sábado, de pescar sardinha, por terem atingido o limite de quotas de captura. Em sinal de protesto, foram entregues no Ministério da Agricultura e do Mar “25 sardinhas à ministra e outra para entregar ao primeiro-ministro”.
O Conselho Internacional para a Exploração dos Mares (ICES) defende, para o próximo ano, que a quota ibérica de captura de sardinha seja fixada em 1.587 toneladas, o que representa “uma redução de 90% em relação a 2015” e levantará um “conjunto de problemas económicos e sociais que se levantarão à comunidade piscatória do país todo”, segundo Walter Chicharro.
O protesto aconteceu dias depois da reunião de 10 presidentes de municípios (Peniche, Nazaré, Figueira da Foz, Matosinhos, Sesimbra, Sines, Loulé, Portimão e Setúbal e Olhão), que defenderam firmeza do Governo na defesa de um limite nacional de capturas, solidarizando-se com os pescadores de Peniche e da Nazaré.
Para João Paulo Delgado, presidente da Mútua dos Pescadores, “as consequências desta medida são desastrosas, já que põem em risco algumas empresas de pesca do concelho, bem como vários postos de trabalho”. O responsável acrescenta que se prevê “sérias dificuldades na comercialização” e “ao nível da restauração”.