O velho ditado que diz que quem passa por Alcobaça não passa sem cá voltar aplica-se na perfeição às francesas Ensemble Discantus. Meses depois da participação no Cistermúsica, o grupo decidiu voltar ao Mosteiro para gravar mais um trabalho de música medieval.
O velho ditado que diz que quem passa por Alcobaça não passa sem cá voltar aplica-se na perfeição às francesas Ensemble Discantus. Meses depois da participação no Cistermúsica, o grupo decidiu voltar ao Mosteiro para gravar mais um trabalho de música medieval.
A ideia de aproveitar as condições acústicas naturais do Mosteiro surgiu, no passado mês de julho, num concerto dado no dormitório, inserido na programação do festival de música de Alcobaça. Realizar este projeto é “um privilégio e uma grande oportunidade”, revela Brigitte Lesne, diretora do Ensemble Discantus.
O conjunto está habituado a trabalhar em mosteiros cistercienses. Um dos álbuns foi gravado no Mosteiro Fontevraud, erigido pela ordem fundada por São Bernardo. Contudo, as artistas estão a ter algumas dificuldades que não previram. “A acústica é muito bonita e totalmente adequada ao tipo de música que fazemos, mas há problemas técnicos” difíceis de ultrapassar. “Há muito eco na sala”, algo que foi minimizado no concerto devido à presença do público, conta a cantora. Para além disso, “a chuva não tem ajudado nada”, uma vez que o cair dos pingos provoca demasiado barulho para se conseguir gravar, refere Brigitte Lesne.