A CDU absteve-se, esta sexta-feira, na votação do orçamento da Câmara de Alcobaça para 2016 e viabilizou o documento apresentado pela maioria relativa do PSD.
A CDU absteve-se, esta sexta-feira, na votação do orçamento da Câmara de Alcobaça para 2016 e viabilizou o documento apresentado pela maioria relativa do PSD.
As socialistas Eugénia Rodrigues e Alexandrina Lourenço (esta em substituição de José Canha) e o vereador do CDS-PP, Carlos Bonifácio, votaram contra o orçamento, no valor de 37 milhões de euros.
Rogério Raimundo, que participou na reunião em substituição de Vanda Furtado Marques, justificou a abstenção, e a inversão no sentido de voto contra da CDU, devido às promessas que recebeu de Paulo Inácio de mudança “de práticas, desenvolvendo um conjunto de reuniões descentralizadas da Câmara, contratando parcerias para empregos para respostas de emergência e criando respostas de renda apoiada, num trabalho em rede, que já existe nas freguesias”,
Na Benedita, à margem da inauguração da Praça Damasceno Campos, o chefe do executivo municipal mostrou-se “surpreendido” com os votos contra de PS e CDS-PP. “A Câmara aceitou todas as propostas da oposição que estavam previstas no orçamento, numa abertura construtiva da minha parte relativamente ao que foi apresentado. Fiquei surpreendido com os votos contra. Diria que mais de 90% das propostas foram aceites, até porque já constavam do nosso projeto”, frisou Paulo Inácio, garantindo que a postura do PSD na elaboração do documento “foi de diálogo” e as “preocupações dos vereadores ficaram plasmadas no orçamento”.
Em comunicado, o PS/Alcobaça justificou o voto contra, considerando que seria “expectável” que o Orçamento para 2016 e o Plano Plurianual de Investimentos “refletisse finalmente, uma ideia e estratégia para o concelho”, o que os socialistas entenderam não se verificar. “Não é com agrado que votamos contra, mas sim na esperança que este voto mostre e demonstre que é possível fazer mais e melhor”, defende a estrutura liderada por César Santos.
O PS abstivera-se nas votações do orçamento do município nos últimos dois anos, tal como Carlos Bonifácio (CDS-PP), que considerou ter votado contra aquele que é “globalmente um dos piores planos e orçamentos de sempre, o que evidencia uma total falta de planeamento e um completo vazio estratégico”. O antigo vice-presidente da Câmara revelou que o CDS-PP não foi abordado pela maioria para “possíveis entendimentos”, contrariamente “ao que aconteceu com outras forças políticas”, lamentando que as propostas que apresentou não tenham sido tidas em conta por Paulo Inácio.