Terça-feira, Novembro 26, 2024
Terça-feira, Novembro 26, 2024

Solidariedade que nasce da terra

Data:

Partilhar artigo:

“Quem dá o que lhe dão é amigo do coração”. O ditado não poderia ser mais apropriado em Valado dos Frades, onde um grupo de pequenos e grandes agricultores dá ao Centro Social de Valado dos Frades o que a terra lhes dá.

“Quem dá o que lhe dão é amigo do coração”. O ditado não poderia ser mais apropriado em Valado dos Frades, onde um grupo de pequenos e grandes agricultores dá ao Centro Social de Valado dos Frades o que a terra lhes dá. São nabos, cenouras, alhos franceses ou fruta… “Toda a ajuda é bem vinda”, enaltece Ana Cristina Pereira, vice-presidente da instituição. E há motivos de sobra para ajudar o Centro. Seja para retribuir a uma instituição, que contribui tanto para a comunidade, ou apenas para tentar ajudar o próximo. 

Agricultor desde que é gente, Carlos Paiva é um dos produtores que frequentemente doa alguns produtos agrícolas. No seu caso, isso significa alhos franceses e nabos. O valadense conta ao REGIÃO DE CISTER que decidiu começar a contribuir porque o Centro Social é uma instituição que lhe é querida. Foi ali que cresceram os três filhos “e uma neta”. Além disso, também tem outros familiares idosos que beneficiaram dos serviços de apoio à terceira idade, prestados por aquela instituição.

Região de Cister - Assine já!

Helena Boleixa também dedicou toda a sua vida à agricultura. À exceção da fruta, produz “de tudo um pouco o que são produtos hortícolas”. E entrega semanalmente ao Centro Social os excedentes da produção. “Apesar de haver muita crise e fome no País, nós [os comerciantes] não conseguimos vender no mercado nada que não esteja ‘bonitinho’, mesmo que seja a preços muito mais baixos”, lamenta. 

Mas não são só empresários agrícolas que ajudam o Centro Social. Além de ministrar uma aula de bordado na Universidade Sénior da Nazaré, Ana Condinho dedica o seu tempo a uma pequena horta que, em conjunto com o marido, trata “para autoconsumo”. “Tudo o que sobra é doado”, adianta. “Estou eternamente grata ao Centro Social e continuarei a ajudar a instituição até que a voz me doa”, conclui a valadense.

A “onda” de solidariedade arrancou no início do ano quando Ana Cristina Pereira e José Santos, membros da Direção do Centro Social, visitaram inúmeros agricultores da vila para uma ação de sensibilização de responsabilidade social. “Dado que ainda estamos em época de sementeira, as doações têm corrido bem”, adianta o antigo presidente da Junta de Valado dos Frades. Por isso, é “natural que nos próximos meses a quantidade e diversidade aumente”, conclui.

A solidariedade deste grupo de agricultores não é inédita no Centro Social. De facto, a própria instituição foi erguida pelo trabalho braçal de inúmeros valadenses num terreno doado por Guilhermina e Dolores O’Neill. Pode dizer-se, portanto, que em Valado dos Frades, a solidariedade nasce, literalmente, na terra.

 

AD Footer

Os senhores da guerra

Artigos Relacionados

Os senhores da guerra

Quem são eles? Somos todos nós. Quem no café, disparata sobre russos e ucranianos, israelitas e palestinos, sudaneses, como se...

Melanie Santos lança livro para inspirar gerações futuras

A alcobacense Melanie Santos voltou a “casa”, na quarta-feira da semana passada, para apresentar o livro “Além da...

Continente abre loja Bom Dia na Benedita

A loja Continente Bom Dia abriu, esta quinta-feira, portas na vila da Benedita, na Avenida Padre Inácio Antunes,...

Coleções da Vista Alegre conquistam prémios internacionais de design

A Vista Alegre, que está a celebrar os 200 anos, tem agora mais motivos para celebrar. Sete coleções...

Aceda ao conteúdo premium do Região de Cister!