Célia Quico não mora na Nazaré há muitos anos, apesar de ter as raízes na praia. Há pouco mais de dois meses, esbarrou na data em que o Bairro dos Pescadores foi construído, em 1941, e fez as contas. “São 75 anos de vida que merecem ser contados”, afirma.
Célia Quico não mora na Nazaré há muitos anos, apesar de ter as raízes na praia. Há pouco mais de dois meses, esbarrou na data em que o Bairro dos Pescadores foi construído, em 1941, e fez as contas. “São 75 anos de vida que merecem ser contados”, afirma.
Depois de feitos alguns contactos, sabia-se que várias entidades tinham também interesse em assinalar a data. Desta forma surgiu a sinergia que permitiu executar a ideia, resultando numa exposição e colóquio, que assinalam esta efeméride, fruto do apoio do Museu Dr. Joaquim Manso, Mútua dos Pescadores, Câmara da Nazaré, Biblioteca da Nazaré e a Universidade Sénior da vila, para além de diversos moradores deste bairro tipicamente nazareno.
Na sala destinada à exposição, cedida pela Universidade Sénior da Nazaré, encontram-se artigos de jornal, fotografias e objetos que contam os 75 anos do Bairro e Casa dos Pescadores, cedidos pelas entidades que apoiaram o projeto. Quem visita esta exposição é convidado a “olhar o passado e pensar no futuro do Bairro dos Pescadores”, reforça Célia Quico.
Dóris Santos, representante do museu Dr. Joaquim Manso, sublinhou que esta exposição “dedicada aos moradores” e aberta à comunidade surgiu “como uma resposta a um desafio informal de Célia Quico”, enquanto João Delgado, representante da Mútua dos Pescadores, considerou que, com o assinalar da data, faz-se “justiça à memória dos pescadores e da classe piscatória no geral”, tendo sido este “o primeiro projeto em conjunto”, pois continuarão a festejar a data ao longo do ano.
Para já, há um colóquio marcado para o próximo sábado, na antiga escola primária, com a participação de Álvaro Garrido, José Maria Trindade e Manuel António Sequeira, no qual será debatida a história deste bairro.