Na Benedita há uma porta aberta, literalmente, para todos aqueles que necessitem de um espaço para gravar, editar, produzir música ou até mesmo ensaiar.
Na Benedita há uma porta aberta, literalmente, para todos aqueles que necessitem de um espaço para gravar, editar, produzir música ou até mesmo ensaiar. O Estúdio Aquário “nasceu” com o objetivo de incubar bandas e, acima de tudo, “criar cultura” na vila e na região.
A ideia surgiu no início de 2014 e partiu do beneditense Pedro Penas, que ainda durante a adolescência “sentiu o gosto pela música”. A ligação à música levou-o a construir, a muito “custo e suor”, um espaço, sediado numa antiga fábrica, onde pudesse funcionar uma “verdadeira comunidade musical”, com tudo o que é necessário para criar música. “O estúdio surgiu da necessidade de haver um espaço para ensaiar”, explica. O beneditense dedicou-se a construir, “pelas próprias mãos”, os espaços que hoje existem no Aquário, “aprendendo tudo através da internet”.
Chegam a ser quatro dezenas de músicos, maioritariamente do concelho mas também de Caldas da Rainha ou Rio Maior, que atualmente fazem parte do Estúdio Aquário. Músicos com formações e estilos muito diferentes, desde o pop, o rock e a música clássica, mas com a mesma paixão. Pagam 10 euros por mês para ter acesso, “24 horas por dia, sete dias por semana”, a um “estúdio de gravação, a uma sala de ensaios e ainda um lounge”, explica Pedro Penas. “Todos os membros se ajudam mutuamente e partilham instrumentos, é mesmo uma verdadeira comunidade”, sublinha o músico.
O Estúdio Aquário começou recentemente a disponibilizar aulas de música para todos os que desejam aprender a tocar vários instrumentos. Mas não é “um ensino ortodoxo”, garante o jovem. “As aulas são dadas em estúdio e não há aulas teóricas, a teoria ensina-se com a prática e até através da audição de álbuns e visualização de filmes”, esclarece o promotor do estúdio.
Os criadores do Aquário não têm um “objetivo definido” para o estúdio, mas motiva-os a vontade de agenciar várias bandas e permitir que tenham oportunidade de se mostrar ao público que, defendem os jovens, “não tem infelizmente muitos hábitos de cultura”.
Para Abel Gutierrez, também membro do projeto, “está-se a criar cultura, a tornar a produção musical muito mais acessível e a tentar criar hábitos de consumo de cultura na Benedita”.