O beneditense António Ferreira sempre sonhou representar Portugal, mas como não “nasceu” para o futebol, vai representar a bandeira das quinas no Campeonato do Mundo das Escondidas com um grupo de amigos da Benedita.
O beneditense António Ferreira sempre sonhou representar Portugal, mas como não “nasceu” para o futebol, vai representar a bandeira das quinas no Campeonato do Mundo das Escondidas com um grupo de amigos da Benedita.
Tudo começou como uma brincadeira. Numa primeira hora, nem os amigos acreditaram na “missão” do jovem mas o que é certo é que, entre 8 e 10 do próximo mês de setembro, um grupo de cinco amigos naturais da Benedita vai estar em Consonno, uma cidade fantasma em Itália, para disputar o Mundial de um jogo que se pensava ser apenas de crianças. Mas não, estão inscritas cerca de 80 equipas de todo o mundo, o que totaliza perto de meio milhar de participantes.
As regras são simples. O jogo decorre num vale da cidade abandonada, com vários obstáculos e esconderijos para os participantes se esconderem de um jogador neutro que tem como objetivo “encontrar e apanhar os participantes”, explica António Ferreira. Mais do que esconder, o Mundial das Escondidas obriga a uma maior “resistência física, agilidade e velocidade”, refere Fábio Coito, que é considerado no seio do grupo como a “arma secreta”.
Ao longo dos últimos dias, António Ferreira, Henrique Anfilóquio, Filipe Penas, Fábio Coito e Isac Fialho têm preparado a participação inédita de uma equipa portuguesa no Campeonato do Mundo das Escondidas, ou Nascondino, como é conhecida a modalidade em italiano. Apesar de este jogo tradicional não fazer parte das atividades regulares do grupo de amigos da Benedita, os jovens vêm com bons olhos a participação na competição e avançam mesmo que o objetivo passa por “trazer o caneco para casa”. “Queremos ser o novo Éder”, garante o grupo de amigos, fazendo uma alusão ao facto de a França ser a campeã em título no Campeonato do Mundo das Escondidas. No fundo, os beneditenses já ficariam “muito contentes” se forem “recebidos no aeroporto à chegada a Portugal”. Além disso, o grupo de amigos pretende “relançar o jogo das escondidas a nível nacional” porque, hoje em dia, os “cachopos já não jogam às escondidas”, lamenta Fábio Coito.
Para fazer face às despesas da viagem e da participação, o grupo de amigos está a procurar apoios de empresas e particulares. Até ao momento, os jovens já garantiram vários apoios, incluíndo o equipamento completo, fornecido por uma marca de vestuário da Benedita.
A preparação para o Mundial de qualquer modalidade não é fácil. Mas o grupo de amigos da Benedita aposta nas competências extradesportivas para ser bem sucedido. Porque, afinal, a “raposa que se safa não é a mais rápida mas a mais matreira”.