A produção de Maçã de Alcobaça pode atingir este ano as 50 mil toneladas passíveis de certificação, o que representa um crescimento superior a 50% e uma das melhores campanhas de sempre.
A produção de Maçã de Alcobaça pode atingir este ano as 50 mil toneladas passíveis de certificação, o que representa um crescimento superior a 50% e uma das melhores campanhas de sempre.
“A produção deste ano recuperará as perdas de 2016, fixadas em 40% em relação ao ano anterior, ou seja, menos 15 mil toneladas”, adiantou ao REGIÃO DE CISTER Jorge Soares, presidente da Associação dos Produtores de Maçã de Alcobaça (APMA), entidade gestora da Indicação Geográfica Protegida “Maçã de Alcobaça”.
Para esse crescimento contribuíram também os 10 a 20% de novos pomares na região, “que sendo mais eficazes dão uma qualidade muito superior e acrescentam produção aos valores habituais [5 mil toneladas]”, informou o dirigente. Nos próximos dois anos estima-se que a área plantada suba de 1.200 para 1.500 hectares.
A campanha 2017/18, avaliada num volume de negócios de 40 milhões de euros, vai primar ainda pela “qualidade e sabor” do fruto. “Desde a flor à colheita não choveu e o fruto cresceu num clima completamente mediterrâneo”, reiterou o representante dos 19 membros associados, organizações de produtores e agrupamentos de produtores.
Os números da produção deverão permitir que a marca volte a crescer no mercado externo. “O recuo da produção no ano passado teve efeitos sobretudo ao nível das exportações, que baixaram de 29% para 12% na campanha 2016/17. Este ano a previsão é que voltemos a recuperar os 30%”, acrescentou.
Para isso, a APMA vai avançar com um clube de exportadores, que permitirá às organizações de produtores atuarem juntas no mercado externo, como já fazem em Portugal. “A ideia é ter uma imagem coletiva, caracterizada por um padrão de qualidade mais elevado. Tratar-se-á de um produto mais premium com uma ficha de qualidade ambiciosa”, explica o responsável. Além da Inglaterra, do Brasil e da Irlanda, a APMA pretende criar novas oportunidades nos mercados árabes e africanos, para que no prazo de cinco anos metade da produção seja exportada.