A demolição do Solar do Outeiro, localizado na chamada Quinta do Outeiro, no centro da Maiorga, causou uma grande indignação da população e da Junta de Freguesia.
A demolição do Solar do Outeiro, localizado na chamada Quinta do Outeiro, no centro da Maiorga, causou uma grande indignação da população e da Junta de Freguesia.
O presidente da Junta da Maiorga mostrou-se “indignado” com a ação que considerou de “má-fé” por ter ocorrido sem o conhecimento da autarquia. Além disso, Sérgio Rocha (PS), critica o facto de a demolição ter sido executada sem a colocação de “vedações de segurança”, uma vez que o Solar do Outeiro era “vizinho” de um parque infantil.
A demolição foi solicitada pelo proprietário e autorizada pela Câmara de Alcobaça. Ainda assim, a destruição de um edifício com mais de 400 anos causou alguma polémica junto de autarcas e população, que tentaram “impedir” o trabalho das máquinas pesadas por todos os meios que tinham à disposição, chamando a GNR e os fiscais de obras da Câmara de Alcobaça.
Tiago Filipe, eleito do PSD na Assembleia de Freguesia da Maiorga, lamentou o facto de “não terem sido salvaguardados os valores patrimoniais” do antigo edifício. “A única coisa que restou foi um pórtico, que se não for acautelado vai acabar por cair por não ter sustento”, alerta Tiago Filipe.
Contactado pelo REGIÃO DE CISTER, o presidente da Câmara de Alcobaça confirmou a legalização da demolição e recordou que o loteamento tinha mais de 20 anos. “Tratando-se de uma propriedade privada, a autarquia não podia fazer nada”, nota o presidente da Câmara de Alcobaça.
Entretanto, a Associação de Defesa e Valorização do Património Cultural da Região de Alcobaça (ADEPA) esteve no local, com a Junta da Maiorga, e conseguiu recuperar o brasão de armas, que foi entregue à Junta da Maiorga.