Terça-feira, Novembro 26, 2024
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O último golo de Miguel Pinheiro

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Durante três décadas marcou muitos golos, fez passes magistrais, assinou assistências para colegas, recuperou e entregou muitas bolas. Mas, ao decidir pendurar as chuteiras, Miguel Pinheiro não conseguiu fintar a emoção no dia em que disputou o último jogo da carreira, no Estádio Municipal, perante o Portomosense (5-0), com a camisola do Ginásio.

Durante três décadas marcou muitos golos, fez passes magistrais, assinou assistências para colegas, recuperou e entregou muitas bolas. Mas, ao decidir pendurar as chuteiras, Miguel Pinheiro não conseguiu fintar a emoção no dia em que disputou o último jogo da carreira, no Estádio Municipal, perante o Portomosense (5-0), com a camisola do Ginásio.

“Foi um dia muito complicado. Acordei a chorar, sem conseguir falar com a minha mulher ou os meus filhos. Estava algo apático, mas acabou por ser um dia bom, pois senti o apoio dos colegas e do clube”, revela o médio criativo, que ainda tem dificuldades em falar sobre o abandono dos relvados.

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“Foi uma decisão pensada, mas nunca estamos mesmo preparados. Desde os 5 anos que jogo futebol e nunca parei. É uma sensação algo estranha e por muito que nos prepararemos, parece que ficamos órfãos de algo”, nota Miguel Pinheiro, de 34 anos, que se iniciou no Ginásio e saiu em 2000 para o Sporting, no qual completou o processo formativo e se estreou como sénior na equipa B, jogando ao lado de Cristiano Ronaldo. 

Seguiram-se Vilafranquense, Lixa, Mafra, Torrense, Igreja Nova, U. Serra, Beneditense e, novamente, Ginásio. Foram mais de 400 jogos oficiais. E o que fica desta longa carreira? “As experiências de vida e essas ninguém me pode tirar. Quando era miúdo tinha o sonho de ser profissional, felizmente consegui, embora não tendo atingido os patamares que desejava. Guardo carinho especial por todos os colegas e as equipas que representei. Posso não ver um antigo colega durante dez anos, mas quando nos encontramos parece que nunca nos separámos. É por isso que digo ‘obrigado’ ao futebol”, sublinha o agora ex-jogador, que elege Pedro Álvaro como “o treinador mais marcante” na carreira. “Comecei no Ginásio com Dedeu, que me ensinou muita técnica, mas foi Pedro Álvaro que acreditou em mim e acabou por me recomendar ao Sporting”, recorda.

O fim da carreira de futebolista não significa um adeus definitivo à modalidade, mas Miguel Pinheiro ainda não tomou decisões quanto ao futuro.

O fim da carreira de futebolista não significa um adeus definitivo à modalidade, mas Miguel Pinheiro ainda não tomou decisões quanto ao futuro. “Prometi que ia deixar o clube pelo menos um ano ou dois e é isso que vai acontecer. Deixo o Ginásio para depois poder voltar, talvez numa função de dirigente. Mas vou continuar a estar na bancada e a chamar nomes aos colegas”, brinca o eterno capitão dos azuis.

Miguel Pinheiro jogou em diversos clubes, completou a formação no Sporting, mas é o título da Divisão de Honra distrital de 2015/16 que elege como o momento mais marcante da carreira. “Ser campeão pelo clube do coração foi muito especial”, confessou o capitão dos azuis, deixando cair as lágrimas. “O Ginásio é um caso de amor. Dei os primeiros pontapés na bola aqui com os meus amigos e defini que queria voltar com uma idade que ainda pudesse ser útil. Felizmente foi o que aconteceu”, remata.

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