Foi em Alcobaça que a Rede Cultura 2027 organizou, este sábado, o primeiro de um conjunto de encontros entre gentes e agentes da Cultura, sob o título genérico “Prelúdio de ideias em 9 andamentos”.
“Pela sua centralidade no território e pela importância de muitas das suas iniciativas culturais” a cidade de Alcobaça foi a escolha para o arranque dos encontros,que se prolongam até junho em mais sete municípios. “A programação de artistas e agentes: Entre os projetos de autor e a dependência dos circuitos” foi o tema que juntou, assim, agentes da cultura.
Paulo Pires, diretor do Cine-teatro Louletano, considerou que um programador deve “arriscar, contagiar e criar entusiasmo”, de forma a equilibrar os projetos de autor e o que é considerado mainstream. Rui Morais, diretor artístico do Cistermúsica, sublinhou a importâncias das redes, dando o exemplo da rota cisterciense que já marca o festival de música clássica de Alcobaça. Já António Vassalo Lourenço, diretor artístico do Música em Leiria, deixou a mensagem que “se deve lutar contra a globalização da cultura”, uma vez que “há mais além do que passa nas televisões”. Por sua vez, Frederic Cruz Pires, do Leirena Teatro, lembrou que os orçamentos são curtos para programar e Inês Silva, vereadora da Cultura da Câmara de Alcobaça, deixou a mensagem que “para um programador o difícil é escolher”, apontando cinco critérios que tornam a escolha mais fácil: “cultura para todos, “acesso à cultura”, “cultura ao serviço de outras áreas”, “acrescentar valor ao meio artístico” e “cultura ajuda a diferenciar o território”.
Foi ainda apresentado, na Biblioteca Municipal de Alcobaça, um website, que reunirá informação sobre a programação cultural dos 26 municípios, que apoiam a candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura 2027, e uma aplicação móvel, que pretende “ser uma ferramenta mais interativa com o público”. O website deverá estar pronto em abril e a aplicação poderá ser descarregada a partir de junho.