A Câmara de Alcobaça vai desafiar o Ministério da Saúde a implementar um projeto de consultas ao domicílio para idosos e pessoas com mobilidade reduzida, através da criação de equipas médicas SOS, suportadas pelas autarquias e pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A Câmara de Alcobaça vai desafiar o Ministério da Saúde a implementar um projeto de consultas ao domicílio para idosos e pessoas com mobilidade reduzida, através da criação de equipas médicas SOS, suportadas pelas autarquias e pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Se os municípios pagam metade do ordenado aos bombeiros das Equipas de Intervenção Permanente (EIP) e o Estado outros 50%, faria todo o sentido fazer a mesma parceria com o Ministério da Saúde através de uma equipa médica, constituída, numa primeira fase, por um enfermeiro e um médico”, que fizesse consultas ao domicílio a pessoas idosas ou com mobilidade reduzida”, adiantou o presidente da Câmara de Alcobaça. A sugestão de criação do projeto, no âmbito do SNS, foi apresentada por Paulo Inácio à ministra da Saúde, Marta Temido, durante a inauguração da Unidade de Saúde da Benedita, a 26 de junho, a que a governante presidiu.
O objetivo é “ter um tratamento de cuidados mais próximos com essas franjas da população em SOS, mas também que a equipa trate da marcação de exames e faça o acompanhamento dos doentes, evitando que, pelas suas dificuldades, muitos deles não compareçam a consultas regulares e agravem as suas patologias”, acrescentou Paulo Inácio. Convicto de que o projeto terá “ganhos, quer em termos económicos, quer da saúde das populações mais fragilizadas”, o chefe do executivo municipal acredita que, com a implementação do projeto, “as urgências ficarão mais desafogadas” e os “doentes desesperem menos nas urgências, onde podem até contrair novas doenças”.
“Transmiti à ministra da Saúde que Alcobaça está disponível para ser o concelho piloto do País a avançar com este projeto e a ideia foi bem acolhida”, adiantou o social-democrata, acrescentando que a autarquia vai “efetuar um levantamento das necessidades e estudar a forma de implementação no concelho”.
Paulo Inácio admite ainda que as consultas ao domicílio deverão ser condicionadas ao pagamento de uma taxa moderadora, “que evite o recurso abusivo ou indevido ao trabalho da equipa”, explicou. O projeto poderá estar alicerçado a uma linha telefónica do município para esse efeito.
A ministra da Saúde considerou ser “uma ideia a estudar” e que poderá, eventualmente, “vir a fazer parte de um futuro programa de Governo”, sublinhou Marta Temido durante o discurso inaugural da USF da Benedita.