O presidente da Câmara de Alcobaça assegurou, esta sexta-feira, apoio incondicional aos proprietários de habitações em Água de Madeiros e Vale Furado que podem ver as habitações destruídas na sequência da entrada em vigor do Programa de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Alcobaça-Cabo Espichel.
O presidente da Câmara de Alcobaça assegurou, esta sexta-feira, apoio incondicional aos proprietários de habitações em Água de Madeiros e Vale Furado que podem ver as habitações destruídas na sequência da entrada em vigor do Programa de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Alcobaça-Cabo Espichel.
“O relatório [do POOC] tem três cenários: um em que nada se faz, outro que defende a intervenção nas arribas e um outro que leva à deslocalização das habitações. Mas este é um plano de intervenção de 4 a 50 anos, que já estava, de alguma forma, no anterior POOC. O que dita a experiência é que documentos que falam de 4 a 50 anos, que manda milhões para o ar, não são para ser levados muito a sério”, salientou Paulo Inácio no final da Assembleia Municipal, perante uma plateia de moradores, proprietários e amigos daquelas duas praias.
O autarca do PSD lamentou o “alarmismo” criado em torno desta situação, sublinhando que “pode haver preocupação é em 1% das pessoas que não têm a casa minimamente legal”. “A informação que tenho é que está quase tudo legalizado. Se o Estado arranjasse mesmo o dinheiro tinha de indemnizar as pessoas e nem nos próximos 50 anos isto vai ser feito. Nos próximos 10 não será com certeza”, frisou o chefe do executivo municipal, notando que “Está tudo em aberto, como sempre esteve”.
Por proposta da bancada do PS, a Assembleia Municipal de Alcobaça tinha determinado a constituição de uma comissão de acompanhamento do caso, que contará também com a União de Freguesias de Pataias e Martingança.
Durante a Assembleia, um grupo de moradores daquelas praias do Norte do concelho realizaram uma vigília, admitindo a possibilidade de vir a formar uma associação. O grupo já tinha marcado presença na Assembleia de Freguesia de Pataias e Martingança para solicitar o apoio da União de Freguesias na resolução do problema e reunido nos Bombeiros de Pataias. “Este é um movimento que surgiu de forma espontânea”, frisou Nélson Oliveira, um dos moradores.