O pisoense Artur Ribeiro identificou nos últimos meses a presença de vespas asiáticas na figueira da sua residência, nos Pisões. Na União de Freguesias de Pataias e Martingança (UFPM) começam a surgir relatos da presença dos insetos, mas o executivo da Junta afirma que “não existem razões para alarmismos”.
O pisoense Artur Ribeiro identificou nos últimos meses a presença de vespas asiáticas na figueira da sua residência, nos Pisões. Na União de Freguesias de Pataias e Martingança (UFPM) começam a surgir relatos da presença dos insetos, mas o executivo da Junta afirma que “não existem razões para alarmismos”.
“Creio que há um ninho na figueira ou naquela zona. Elas entram nos figos e é aí que aproveito para matá-las”, sublinha. Com recurso a um maçarico, o homem, de 81 anos, tenta eliminar quaisquer vestígios do inseto, mas afirma que “aparecem sempre outras e talvez seja impossível eliminar o enxame sozinho”. O pisoense assegura que os insetos não são violentos “se deixados em paz”, mas que atingem uma velocidade “alucinante” e que, quando ameaçadas, produzem um “barulho impossível de ignorar”. “Até agora não ouvi falar de nenhum ataque na zona, mas tenho um certo receio porque tenho crianças a brincar no jardim e nunca se sabe”, confessa. Até à data Artur Ribeiro não contactou as autoridades competentes ou a Junta, mas afirma estar seguro que se trata da espécie predadora da abelha europeia devido ao “inconfundível tom amarelo torrado no rabo e pela cabeça negra e de maiores dimensõesquando comparadas às abelhas normais”.
Este não é o primeiro caso registado na região. No passado mês de janeiro foi encontrado um ninho de vespas asiáticas na zona do Mato do Pinheiro. O exemplar foi prontamente retirado do local pelas autoridades e a Junta assegura não existirem razões para alarme. “Temos registado algumas ocorrências na região, mas nada de muito recorrente”, reitera Valter Ribeiro, presidente da União de Freguesias de Pataias e Martingança. “Sempre que é registada uma ocorrência, esta é encaminhada para a Proteção Civil, que é a única autoridade que pode atuar nestes casos”, acrescenta. De acordo com o autarca, os agentes deslocam-se ao local para averiguar e tomar as devidas diligências, mas “as situações têm sido resolvidas de forma calma e os cidadãos têm colaborado”. Com o intuito de evitar sobressalto, a UFPM tem promovido uma campanha para esclarecer e alertar a população sobre os perigos daquela espécie e para informar as pessoas sobre os procedimentos a tomar caso seja encontrado algum ninho daquelas vespas.
Para além do contacto com a Junta, a população deve ainda recorrer à plataforma eletrónica SOS Vespa, criada para apoiar a identificação e o controlo da vespa velutina no País. E alerta ser de extrema importância que a população não tente retirar os ninhos de forma autónoma.
Em Portugal a reprodução deste animal estava circunscrita a alguns concelhos do norte, mas desde 2017 tem sido registada a presença de exemplares em vários pontos.