A família da Associação Alcobacense de Cultura e Desporto (AACD) reúne-se, este sábado, na Quinta do Acipreste para celebrar os 45 anos da instituição.
A família da Associação Alcobacense de Cultura e Desporto (AACD) reúne-se, este sábado, na Quinta do Acipreste para celebrar os 45 anos da instituição.
Um dia de festa para dirigentes, atletas, treinadores, pais e sócios de uma das coletividades mais acarinhadas na cidade. Em vésperas do almoço de celebração, cujas inscrições podem ser feitas no clube, o REGIÃO DE CISTER juntou alguns dos nomes marcantes da história do clube, que não escondem o orgulho pela intervenção da AACD em termos desportivos, sociais e culturais.
Rui Coelho é um dos sócios-fundadores que, ainda hoje, se deslocam com frequência ao pavilhão. O antigo presidente da Câmara de Alcobaça precisa de recuar à época antes do 25 de abril de 1974 para recordar os primeiros passos da AACD. “A associação surge fruto de uma desinteligência no seio do Ginásio, nomeadamente com a sua secção de atletismo. Os seccionistas do futebol tornaram-nos a vida impossível e resolvemos avançar com um outro clube, amador, que até poderia vir a ter futebol”, lembra o antigo dirigente. “Criámos um grupo de 20 pessoas para criar o projeto de estatutos, que acabou por ser chumbado na Câmara e só viria a ser aprovado depois do 25 de Abril. Como havia pessoas no grupo já muito politizadas chegou a estar em cima da mesa o nome de ‘Comuna Alcobacense Cultura e Desporto’”, recorda. A AACD arrancou, assim, em 1974, com o andebol, herdando a equipa da Casa do Povo.
Depois de uma temporada em inatividade, Martinho Ribeiro reativa o clube ao introduzir o hóquei em 1984. “Fui sócio-fundador, membro da Direção e atleta do Hóquei Clube de Turquel, mas depois de umas divergências com o treinador, vim para Alcobaça criar uma equipa de hóquei, primeiro no Ginásio e depois na AACD. “Como o Ginásio também não tinha condições para ter uma equipa de hóquei, pensámos em criar um clube de hóquei. Mas como tínhamos a AACD, que já tinha todos os estatutos aprovados, acabámos por vir para cá”, lembra.
O filho, Luís Ribeiro, recorda o episódio em que lhe deram uma camisola amarela, quando supostamente ainda representava o Ginásio, num torneio em Almeirim. Era juvenil quando jogou, pela primeira vez, para a AACD. Passados 35 anos, assume a braçadeira da equipa dos veteranos da Alcobacense, sendo o jogador do clube há mais tempo em atividade. “Fui atleta, treinador e depois de uma temporada na tropa vim com vontade de começar projetos e acabei por começar a fazer captação de atletas nas escolas“, recorda.
Pedro Mateus, o presidente que esteve mais tempo em funções, recorda os “tempos difíceis”. “Mas graças a uma conjunto de pessoas dedicadas conseguimos sempre dar a volta”, nota, lembrando Manuela Pombo e João Marques, mais conhecido por “João Coxo”. Joaquim Franquinho sucedeu a Pedro Mateus no cargo. “A AACD chegou a ter basquetebol, voleibol, ciclismo e andebol, mas apenas o hóquei em patins e a patinagem artística perduraram”, sublinha o dirigente, lembrando os 225 atletas que vestem a camisola da AACD. “É dos clubes do concelho com mais inscritos na Associação de Patinagem de Leiria”, acrescenta Diogo Branco, vice-presidente da Direção. Já Ana Sofia Delgado tem 17 anos e aos 4 que começou a patinar pela Alcobacense. Uma atleta que representa o crescimento da patinagem artística, num clube onde o hóquei é rei. Mas, para a Alcobacense, mais do que a modalidade é a formação que interessa.