Não sei se vou viver uns anos 20 tão loucos como os do século passado, mas tenho a certeza que este ano de 2020 me traz o maior desafio dos 20 + 10 que já vivi: ser diretora do Região de Cister.
Abriram-me a porta desta casa em julho de 2013 para “fazer” as férias do editor. Continuei a colaborar com o jornal até que em 2014, quando a Banda de Alcobaça adquiriu o título, ocupei o meu posto de jornalista na redação. Seis anos e seis meses depois de assinar o meu primeiro texto nestas páginas, convidam-me para ser diretora. D-i-r-e-t-o-r-a. O coração acelerou, ao mesmo tempo que, em loop, toda a história que fui escrevendo no Região de Cister me passou pela cabeça.
Como podia recusar cuidar da casa que fez de mim o que sou hoje enquanto profissional? Como podia virar as costas às pessoas que acreditaram em mim desde o primeiro dia? Disse que sim… numa declaração ao amor que tenho por este jornal e pelas pessoas que vão cuidando dele.
E é isso que, para mim, esta função de diretora, que assumo nesta primeira edição do ano, significa: cuidar do nosso jornal, honrar o trabalho de todos os que criaram e ajudaram a crescer e a consolidar uma marca que hoje é uma referência no panorama do jornalismo regional, sem nunca, em momento algum, jamais, esquecer os nossos leitores e assinantes.
O “meu” diretor despediu-se de si, na edição anterior, com um “obrigado”. E é a si, que me está a ler, que também me dirijo. O Região de Cister não é o jornal da diretora, não é o jornal da administração que o gere, não é o jornal dos jornalistas que o escrevem, não é o jornal dos comerciais que o tentam rentabilizar, não é o jornal dos anunciantes que investem. O Região de Cister é seu. É seu porque o comprou, porque o assinou, porque está nas suas mãos. Escrevemos para quem nos lê, escrevemos para si. Esse é o nosso maior compromisso.
E enquanto nos ler e enquanto eu cuidar desta casa, prometo-lhe que esta equipa tudo fará para lhe entregar um jornal isento, independente, profissional, moderno e rigoroso. A sua confiança é a nossa maior inspiração e motivação. E se encontrar, por acaso, alguma gralha ou algum erro, já sabe, escreva uma “carta”… à diretora.