O pisoense António Santos, mais conhecido por “Staticman”, vai apresentar em Alcobaça, a 11 de outubro, com o “Living Statues Masters”, estátuas vivas alusivas à literatura.
O grupo, liderado por António Santos, vai interpretar personagens de Eça de Queiroz: o par romântico d’“Os Maias”, Carlos da Maia e Maria Eduarda. Os ilustres alcobacenses Virgínia Vitorino e Joaquim Vieira Natividade também vão ser representados em estátuas vivas.
“Estas participações em Alcobaça já estão confirmadas, o que me deixa muito satisfeito por levar o meu trabalho à minha cidade“, revela o homem, que já foi estátua em 74 países, que já criou mais de 500 personagens e que até já venceu cinco recordes mundiais.
“Tenho o desejo muito antigo de realizar um festival de estátuas vivas em Alcobaça desde que comecei a trabalhar em Portugal, há 33 anos, tendo já criado duas versões de Pedro e Inês para o efeito”, revela ao REGIÃO DE CISTER o homem-estátua. “Organizo festivais em todo o País e já percorri dezenas de países, mas nunca o consegui fazer na cidade onde pertenço”, lamenta António Santos, que acaba de regressar do Dubai, onde esteve durante dez dias a interpretar a personagem, com o tema “Pensamentos”, num festival de estátuas-vivas.
António Santos começou a fazer estátuas-vivas há 34 anos nas “Ramblas”, em Barcelona, após ter-se deparado com um problema de saúde, em que teve de recorrer a tratamentos alternativos que o obrigavam a “dominar o corpo” e a controlar a respiração. “Comecei por imaginar um robô que ficou sem pilhas. A reação do público foi tão boa que decidi começar a recriar estátuas-vivas”, recorda António Santos.
Desde então, nunca mais parou. Tem mais de 500 personagens criadas no seu portefólio e já venceu cinco recordes mundiais. Um deles, que esteve no livro do “Guiness” durante 9 anos, foi quando aguentou mais 15 horas seguidas em “modo estátua”, no centro comercial das Amoreiras, em Lisboa, no ano de 1988.