O Mosteiro de Alcobaça deu início, esta segunda-feira, à intervenção de conservação e restauro do túmulo de D. Pedro I. A obra decorrerá em regime aberto durante os próximos quatro meses.
O Mosteiro de Alcobaça deu início, esta segunda-feira, à intervenção de conservação e restauro do túmulo de D. Pedro I. A obra decorrerá em regime aberto durante os próximos quatro meses.
O dia da reabertura do monumento, após dois meses fechado devido à pandemia, que coincidiu ainda com o Dia Internacional dos Museus, este ano dedicado ao tema “Museus para a Igualdade: Diversidade e Inclusão”, marcou o início da obra. Estiveram presentes a secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Ferreira, acompanhada pela subdiretora-geral da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), Fátima Pereira.
A intervenção está a cargo do conservador-restaurador André Remígio, que há cerca de dez anos já tinha realizado uma limpeza dos túmulos de D. Inês de Castro e de D. Pedro (não tendo a intervenção deste sido concluída). “Os túmulos de D. Pedro e Dona Inês de Castro apresentam patologias várias, nomeadamente, sujidade, deposição de detritos, colonização biológica e existência de inúmeros fragmentos de silicone remanescentes dos moldes efetuados no início da década de 1990, que foram destinados a integrar a exposição Europália (1992). Estes vestígios, em particular, são bastante prejudiciais ‘à saúde’ da pedra, uma vez que impermeabilizam a superfície, impedindo a sua respiração, o que provoca nas zonas afetadas a sua deterioração”, esclarece a diretora do Mosteiro ao REGIÃO DE CISTER.
“Os túmulos de D. Pedro I e de Dona Inês de Castro são duas das obras maiores do património cultural português, expoentes máximos da tumulária medieval portuguesa, considerados dos melhores da Europa ao tempo da sua construção”, acrescenta Ana Pagará.
Esta intervenção realiza-se no âmbito da celebração dos 30 anos da inscrição do Mosteiro de Alcobaça na Lista do Património Mundial da Humanidade pela UNESCO (1989).