Sexta-feira, Maio 3, 2024
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Hóquei: Juntos em casa e no rinque

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Em casa a garagem mais parecia um campo de hóquei. Não havia patins e a baliza era uma caixa de fruta, mas nada impedia umas boas tardes de stickadas e vários “duelos” 1×1 na luta pela vitória no “grande clássico”.

Em casa a garagem mais parecia um campo de hóquei. Não havia patins e a baliza era uma caixa de fruta, mas nada impedia umas boas tardes de stickadas e vários “duelos” 1×1 na luta pela vitória no “grande clássico”. Não havia adeptos, mas os jogos eram disputados com a mesma paixão se tivessem num pavilhão repleto de adeptos. Os irmãos Tiago e Diogo Rafael desde cedo começaram a partilhar a mesma paixão e são uma das várias duplas de irmãos “apaixonados” pela mesma modalidade.

“Aos 3 anos já patinava e mais tarde já fazia partidas com o meu irmão”, conta Diogo Rafael ao REGIÃO DE CISTER, afirmando que o amor à modalidade “nasceu por influência do pai e mais tarde pelo irmão”. “Desde sempre me habituei a ver e a jogar hóquei, pelo que só sonhava ser um dia jogador profissional também”, explica o turquelense, relembrando que ainda experimentou o futebol na U. Turquel, mas foi o hóquei em patins que o “conquistou”.

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Os jogadores apenas pisaram o mesmo rinque já em seniores quando Diogo jogava no Benfica e Tiago no OC Barcelos. A vitória sorriu ao mais novo dos manos. “Dentro da pista temos que nos encarar como adversários e depois do jogo então há o cumprimento mais carinhoso”, conta Diogo Rafael.

Em 2008, os caminhos cruzaram-se e os irmãos Rafael representaram  o Benfica. “Durante dois anos vivemos juntos em Lisboa, mas por vezes apenas nos víamos nos treinos”, revela o internacional.

Tiago Rafael acabaria por sair do clube, passando pelo Candelária e HC Turquel, antes de regressar novamente às águias na época 2014/2015. “Jogámos novamente quatro temporadas juntos e com ele vivi a melhor época da minha carreira”, confidencia Diogo Rafael.

Em 2016, as águias sagram-se campeãs nacionais e da Europa e o mais novo dos irmãos nota que foi “especial” por partilhar o momento com o mano. “Ganhar estes títulos por si só é um grande feito, mas conseguir vencê-los e ter comigo o meu irmão torna aquelas conquistas ainda maiores”, sublinha também Tiago Rafael. 

Os irmãos já jogaram como adversários e como colegas de equipas, mas Tiago Rafael confessa que das duas vezes que deixou de jogar ao lado do irmão foram momentos complicados. “Tanto da primeira como na segunda vez que saí do Benfica foi difícil porque deixava um grande clube, mas também deixava o meu irmão”, revela Tiago Rafael, explicando que apesar de ser mais velho também vê no irmão uma referência na modalidade. 

“Há qualidades que ele tem que eu aprecio muito e é inegável que é um dos melhores da modalidade”, destaca Tiago, que também é uma referência para o irmão. “O Tiago é a par do meu pai uma das minhas referências”, assevera Diogo Rafael.

Esta temporada, Tiago Rafael acertou o regresso a “casa” e os irmãos voltam a encontrar-se como adversários. “Vai ser um momento especial, como foram todos os encontros em que jogámos juntos ou como adversários”, adianta o experiente jogador.

O filho mais velho de Tiago e sobrinho e afilhado de Diogo gostaria certamente de ver o pai e o tio a jogar do mesmo lado do rinque. Até lá, pode sempre voltar a juntá-los na garagem. Quem sabe se dali não sai um novo craque.  

Irmãos na mesma modalidade é comum

Na região são vários os exemplos de irmãos que jogaram ou jogam a mesma modalidade. 

No futebol, os irmãos Ricardo e Tiago Esgaio, Stephen e Mauro Eustáquio, Bruno Daniel e Dinis Quitério partilham a mesma paixão, enquanto no futsal existem exemplos como os irmãos Fábio e Dário Catarino, Pedro e Flávio Rodrigues e no futebol de praia casos como Jordan e Mathew Santos e João e Rui Delgado.

No hóquei, e por tradição da modalidade em Turquel, destacam-se André e Vasco Luís, Rute e Rita Lopes, e Cláudio e Nuno Peça.

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