A reabertura dos parques de campismo é uma realidade em toda a região, depois de quase três meses de encerramento devido à pandemia da Covid-19.
A reabertura dos parques de campismo é uma realidade em toda a região, depois de quase três meses de encerramento devido à pandemia da Covid-19.
O desconfinamento dos equipamentos veio acompanhado de medidas suplementares de higienização dos espaços comuns, mas também da obrigatoriedade de cuidados redobrados por parte dos utilizadores. Em alguns casos, a lotação caiu para mais de metade.
No Parque de Campismo de Paredes da Vitória, com oito hectares, a reabertura total ocorreu a 1 de junho, depois de a 18 de maio o equipamento ter recomeçado a funcionar para os proprietários de lotes. Campistas e caravanistas tiveram de esperar até ao primeiro dia de junho. Mantém-se encerrado o parque infantil. Os utentes têm de desinfetar as mãos à entrada e utilizar máscara em áreas comuns.
Com as fronteiras com Espanha encerradas até ontem, a lotação do parque da União de Freguesias de Pataias e Martingança sofreu um decréscimo de mais de 70% comparando a igual período de 2019, explicou ao REGIÃO DE CISTER o responsável da Junta pelo equipamento. “Temos 35 pessoas no parque, das quais apenas uma não é portuguesa e aqui ficou porque não conseguiu sair do País quando rebentou a pandemia”, refere Célio Coelho, habituado a receber, nesta época do ano, espanhóis, holandeses, franceses, belgas, alemães e eslovenos.
Com 11 funcionários no Parque de Paredes da Vitória, entre rececionistas, funcionários de limpeza e vigilantes, a Junta continuou a assegurar os vencimentos, mas fez descontos aos utentes, sendo que nos lotes a redução foi de 50% em abril e 20% em maio e os caravanistas tiveram de pagar 25% do valor total durante os meses de encerramento.
No Parque de Campismo Baía Azul, em São Martinho do Porto, e apesar dos pedidos de cerca de 60 dos 300 utentes, a Junta, que gere o equipamento, não procedeu a qualquer redução, lembrando tratar-se de um bem não-essencial e que aquela autarquia teve de assegurar as despesas inerentes à manutenção do espaço, bem como os vencimentos dos colaboradores.
A reabertura do espaço deu-se em junho para os lotes, campistas e caravanistas, passando a capacidade de 3.300 para pouco mais de 2.000 lugares. “Só no final do ano poderemos avaliar o impacto nas receitas face a anos anteriores”, esclarece o presidente da Junta, Joaquim Clérigo.
Na região, reabriram todos os parques de campismo, públicos e privados, à exceção do Acampamento Baptista, em Água de Madeiros, que deverá retomar atividade em 2021. Entre os parques disponíveis está o Colina do Sol (localizado na Serra dos Mangues, a dois quilómetros da baía de São Martinho e com acesso pedestre à Praia da Gralha), o Orbitur Valado (concelho da Nazaré), o camping OHAI Nazaré Resort e o parque de Campismo Rural da Silveira (à saída de Alcobaça, nos Capuchos).