O Caldas já preparara mais uma época no Campeonato de Portugal e no plantel conta com uma verdadeira “armada” de Cister para conseguir lutar pelos lugares de acesso à 3.ª Liga, competição que vai ser criada na temporada 2021/2022.
O Caldas já preparara mais uma época no Campeonato de Portugal e no plantel conta com uma verdadeira “armada” de Cister para conseguir lutar pelos lugares de acesso à 3.ª Liga, competição que vai ser criada na temporada 2021/2022.
Às contratações dos beneditenses Marcelo Marquês (ex-Beneditense) e André Perre (ex-Marinhense) e do nazareno Mauro Eustáquio (ex-Cavalry FC), juntam-se as renovações do alfeizerense Rui Oliveira e dos nazarenos Juvenal Oliveira e Gonçalo Estrela (ex-juniores), sendo que este último deverá rodar entre a equipa principal e a equipa B. No banco continua o beneditense Gonçalo Penas, ao lado do técnico principal José Vala.
Marcelo Marquês, que sempre jogou ao serviço do Beneditense, é um dos reforços “surpresa” dos pelicanos, dado que deixa a 1.ª Divisão distrital para se estrear nos nacionais. Ainda assim, o extremo, de 21 anos, mostra-se confiante ao REGIÃO DE CISTER. “É uma subida de escalões pouco comum, mas sei que me vou adaptar rapidamente”, atira o beneditense, confessando que o facto de o irmão Dário Marquês já ter passado pelo clube o ajudou na “hora” de assinar. O jovem aponta a competitividade, rapidez e técnica como pontos fortes para “ganhar” o seu lugar.
Mauro Eustáquio também vai estrear-se nesta prova, uma vez que o nazareno apenas chegou a jogar na já extinta 3.ª Divisão nacional. E a estreia, que marca o regresso a Portugal depois de sete anos no Canadá, não poderia ser noutro emblema. É que o médio treinou várias vezes com o clube quando vinha de férias a Portugal. “O momento mundial que estamos a viver teve algum peso no regresso antecipado para Portugal e estou grato ao clube por acreditar nas minhas potencialidades”, acrescenta.
Por sua vez, André Perre apresenta-se como um dos jogadores com mais experiência do plantel. Com passagem pela 2.ª Liga, ao serviço do Famalicão, o médio reitera que vai lutar pela titularidade, apesar da forte concorrência de jogadores como Paulo Inácio, André Simões ou André Santos. “É uma honra estar ladeado de grandes craques que têm feito história no clube nos últimos anos. Vou ser mais um para ajudar”, complementa. O beneditense chega após um “namoro” que já dura há vários anos e revela que apesar de vários convites escolheu o Caldas. “Já era um desejo antigo representar o clube”, remata.
Já o guardião Rui Oliveira vai cumprir a terceira época no pelicano. Apesar da particularidade daquela posição e da forte concorrência de Luís Paulo, o alfeizerense sublinha que “a melhor forma de contribuir para o grupo é treinar muito bem todos os dias para que quando chega a oportunidade estarmos preparados da melhor forma possível”, evidencia, revelando que foi a proposta do Caldas que o fez adiar o términus da carreira. “Quando este projeto chegar ao fim irei então dedicar-me mais à área do treino”, completa.
Por seu turno, Juvenal Oliveira segue para a sétima temporada de Caldas e é o jogador da região com mais anos no clube. No campo da Mata viveu o melhor e pior momento na carreira. Há cinco épocas uma lesão sofrida num jogo fez com que temesse a continuidade. “Tive de ser intervencionado logo na semana a seguir e por momentos pensei que nunca mais iria voltar a jogar. Passados três meses estava a treinar sem limitações”, lembra. Porém, duas épocas volvidas e ali o “pesadelo” da lesão transformou-se no sonho da “Mata Encantada”.
O Caldas chegou às meias-finais da Taça de Portugal num percurso verdadeiramente épico e só cedeu diante do Desportivo das Aves. “Tínhamos os olhos postos em nós e as pessoas só falavam no Caldas. Ver a Mata cheia e a quantidade de adeptos que conseguimos levar às Aves num dia chuvoso de inverno, só nos deu mais força para continuarmos a fazer história”. Se a carreira de futebolista terminar no Caldas, o nazareno ficará “muito feliz”.
Na liderança da equipa continua o beneditense Gonçalo Penas, que assume as funções de adjunto de José Vala. O técnico vê nos concelhos de Alcobaca e Nazaré muitos talentos do futebol. “Conseguimos colocar jogadores em clubes como o Caldas e até em patamares superiores”. Quanto aos objetivos dos pelicanos, Gonçalo Penas revela que passam pelo acesso à futura 3.ª Liga e se for “com jogadores oriundos das proximidades e atletas que possam estar melhor identificados com o pensamento do clube, melhor”.
Para tal, o clube continua atento à evolução dos jogadores provenientes da região de Cister.