Pedro Batista diz, a brincar, que já “nasceu com os patins calçados”. Numa família com forte historial na modalidade naturalmente só poderia dar jogador.
Pedro Batista diz, a brincar, que já “nasceu com os patins calçados”. Numa família com forte historial na modalidade naturalmente só poderia dar jogador.
Se aos 3 anos já patinava, aos 23 anos Pedro Batista faz melhor: é o “artilheiro de serviço” da Juv. Viana na 1.ª Divisão nacional e já leva seis remates certeiros.
O turquelense até podia ter sido jogador de futebol, que chegou a ser um desejo, mas como “filho” da “aldeia do hóquei” não havia como escapar. Pedro Batista tem sido figura de destaque na época de estreia pelo novo clube e já colocou o nome na lista de marcadores em cinco jornadas.
Apesar da boa marca pessoal, Pedro Batista afirma ao REGIÃO DE CISTER que não está a ser o melhor arranque de temporada. “Podia ter muito mais golos pois a minha eficácia não tem sido a melhor, mas quero muito melhorar esse aspeto para poder ajudar mais a equipa”, afiança, recordando a época ao serviço dos italianos do Monza em 2017/18, em que apontou 24 golos em 26 encontros.
O jovem iniciou-se no HC Turquel e pela aldeia do hóquei fez toda a formação até ser convidado a integrar a equipa de sub-20 dos encarnados em 2015.
Mas recuemos no tempo: é que em 2013 já Pedro Batista conquistava o campeonato da Europa pela Seleção Nacional de sub-17, e na temporada seguinte viria a estrear-se pela equipa principal… com 17 anos. “Nos primeiros jogos houve sempre um nervoso miudinho.
Era novo e sabia que era muito imaturo e pecava por excesso de humildade”, conta, afirmando que “respeitava demasiado os colegas em campo e os adversários” e que talvez isso o tenha impedido “de dar o salto mais cedo”. Se não era suficiente, o turquelense juntou ainda mais um título ao seu palmarés: o de campeão do mundo de sub-20, em Barcelona.
Quis o destino que depois rumasse aos sub-20 das águias e voltasse a festejar títulos…em dose dupla. A nível nacional ajudou o clube a sagrar-se campeão nacional de sub-20 diante do favorito Sporting, e em outubro de 2016 serviu o País na conquista do título europeu de sub-20. “Esse ano foi espetacular”, destaca, recordando que esse Europeu foi “possivelmente” a sua melhor prestação em qualquer competição.
Nos anos seguintes, Pedro Batista passou pelos italianos do Monza, regressou a Turquel e jogou pelo Paço de Arcos por empréstimo dos encarnados, vínculo que terminou quando reforçou a Juv. Viana.
Ainda esta época, o jovem volta a “casa” para defrontar o seu clube do coração, mas na época passada ficou uma história por revelar quando voltou a Turquel ao serviço do Paço de Arcos. “Nunca contei esta história a ninguém, mas antes desse jogo, no balneário, fizemos o grito de equipa e em vez de gritar Paço de Arcos, gritei Turquel”, revela, entre risos, reiterando que sempre “soou a camisola” pelos clubes por que jogou.
Embora o amor ao HC Turquel lhe corra nas veias, é nos objetivos da Juv. Viana que o jovem se concentra. É que o menino que nasceu e cresceu na aldeia de Turquel sonha agora em Viana do Castelo.