Vive em Seattle com a família há oito anos, mas todos os anos regressa a Porto de Mós, vila onde nasceu e cresceu.
Vive em Seattle com a família há oito anos, mas todos os anos regressa a Porto de Mós, vila onde nasceu e cresceu.
“Cinco anos e dois filhos depois” de ter entrado na Fundação Bill e Melinda Gates decidiu ir para a Microsoft, em Redmond, onde assume o cargo de diretor de Desenvolvimento de Negócios e Estratégia para a área da Inteligência Artificial.
Na Fundação Bill e Melinda Gates, Samuel Martins tinha um dos cargos de maior responsabilidade. O gestor foi diretor-adjunto de Estratégia, Planeamento e Gestão das equipas de desenvolvimento de produtos, responsáveis pelo desenvolvimento de novas vacinas, medicamentos e diagnósticos, durante cinco anos.
“Foi uma experiência muito enriquecedora, mas decidi alcançar novos desafios”, conta Samuel Martins ao REGIÃO DE CISTER. Na Microsoft, a equipa realiza parcerias com grandes empresas para acelerar a transformação digital (Inteligência Artificial, Cloud, Internet of Things, Blockchain, Big Data, etc.), que exigem o desenvolvimento de uma visão estratégica, de modelos de negócio e a coordenação de equipas internas.
Apesar das saudades que tem da família e da terra natal, Samuel Martins e a família gostam muito de viver em Seattle e facilmente se adaptaram à vida americana. “É uma cidade bastante tecnológica que oferece muita qualidade de vida”, sublinha. O primeiro contacto do gestor de 38 anos com o país foi em 2009, quando estudou na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), no âmbito do doutoramento.
Depois regressou a Portugal e trabalhou durante cerca de cinco anos na McKinsey, tendo passado várias temporadas em Angola, na Grécia, na Suíça e em Inglaterra ao serviço da consultora.
Samuel Martins é formado em Engenharia Física Tecnológica e doutorado em Física Computacional no Instituto Superior Técnico.
As palavras “empenho” e “foco” estiveram sempre muito presentes na vida do gestor. “Valores como a importância do trabalho e da dedicação foram-me incutidos pelos meus pais desde sempre”, revela o portomosense.
Na escola foi um aluno exemplar e muito focado nas prioridades. “Era aquilo a que os americanos chamam de ‘nerd’”, conta, em tom de brincadeira. Ao ser questionado se um dia imaginou que viria a ter tanto sucesso, respondeu: “ter sucesso para mim é acordar todos os dias e saber que estou a contribuir para a saúde e para o bem-estar das pessoas. Essa é a minha maior realização”.
Não sabe o que lhe reserva o futuro, nem se um dia regressará definitivamente a Portugal. Sabe que quer continuar a desenvolver uma missão assente em valores como a inovação, a responsabilidade social e a solidariedade.