O setor da cerâmica quer criar uma marca identitária dos produtos fabricados pelas empresas nacionais. A intenção é da Associação Portuguesa das Indústrias de Cerâmica e de Cristalaria APICER, que apresentou o projeto INTERCER – Promoção da Internacionalização da Cerâmica Portuguesa, com o objetivo de criar uma marca identitária da cerâmica portuguesa no mercado estrangeiro, nomeadamente nos setores da loiça utilitária e decorativa e dos revestimentos e pavimentos, duas das quatro unidades autónomas da associação.
O setor da cerâmica quer criar uma marca identitária dos produtos fabricados pelas empresas nacionais. A intenção é da Associação Portuguesa das Indústrias de Cerâmica e de Cristalaria APICER, que apresentou o projeto INTERCER – Promoção da Internacionalização da Cerâmica Portuguesa, com o objetivo de criar uma marca identitária da cerâmica portuguesa no mercado estrangeiro, nomeadamente nos setores da loiça utilitária e decorativa e dos revestimentos e pavimentos, duas das quatro unidades autónomas da associação.
O projeto cofinanciado pelo FEDER, no âmbito do COMPETE 2020, foi apresentado num seminário online que reuniu subsetores da indústria portuguesa de cerâmica e de cristalaria.
A vice-presidente da Apicer, que assume também o cargo de presidente da unidade autónoma no setor das loiças utilitárias e decorativas, explicou que o projeto surgiu da necessidade de “melhorar a imagem do produto fabricado em Portugal, dar notoriedade à indústria cerâmica no mercado interno e externo e apoiar a internacionalização de todas as empresas, independentemente da dimensão“. O projeto INTERCER pretende também criar “uma marca que represente a cerâmica portuguesa na participação em eventos internacionais, criação de publicidade institucional e exposições no estrangeiro”, refere a maiorgense ao REGIÃO DE CISTER.
As estatísticas apontam que Portugal é o 2.º maior país na produção de loiça utilitária em grés, que exporta grande parte da sua produção, contribuindo, desta forma, para 0,5% do PIB do País.
Relativamente ao projeto, a engenheira cerâmica e do vidro, de 43 anos, nota que as empresas vão “beneficiar direta ou indiretamente” com estas sinergias, nomeadamente a António Rosa, a Arfai, a Ceramirupe, a Jomazé, as Faianças Ramos, a Perpétua Pereira e Almeida, e a Vista Alegre Atlantis, entre outras empresas sediadas nos concelhos de Alcobaça e Porto de Mós.
A maiorguense Cláudia Domingues integra os órgãos sociais da APICER desde 2019, em representação da António Rosa, num elenco diretivo que integra também Elsa Almeida, da Perpétua, Pereira & Almeida, na função de vogal do Conselho Fiscal.
Para a sócia da empresa sediada no Cabeço de Deus, em Alcobaça, o projeto reforça a necessidade de “divulgar e dar maior visibilidade ao que de bom se produz na cerâmica nacional”. A empresária adianta o grande impacto que a união das empresas nacionais pode acarretar nos grandes mercados internacionais.
Também o diretor comercial da Jomazé entende que “é uma iniciativa extremamente importante e faz falta para potenciar o setor no mercado estrangeiro”, recordando a parceria com a ARFAI, desde 2009, na Feira do Ambiente, em Frankfurt. “Somos simultaneamente empresas concorrentes e cooperantes, uma vez que partilhamos o mesmo stand na feira, aumentando o nosso espaço de divulgação”, exemplificou Nuno Graça, destacando a necessidade de criar sentido de unidade em todo o setor, englobando todas as empresas. “Todos ganham com a criação de uma marca da cerâmica portuguesa”, remata.