O Montebelo Mosteiro Alcobaça Hotel ainda não está concluído, mas abriu as portas da biblioteca, no Claustro do Rachadouro, a 24 de julho, para receber o recital de harpa da espanhola Angélica Salvi, integrado na programação do Cistermúsica. A abertura oficial da unidade hoteleira está prevista para o próximo mês de setembro.
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O administrador da Visabeira Turismo não escondeu a “grande emoção” em estrear o hotel de luxo com um “concerto ligado a um festival com a dimensão do Cistermúsica”. “Ver esta sala preparada, depois da forte obra que recebeu, é um momento importante para a cidade”, considerou Jorge Costa, que falou ao REGIÃO DE CISTER à margem do concerto com lotação esgotada. “O Montebelo Mosteiro Alcobaça Hotel vai querer continuar a colaborar com o Cistermúsica e queremos contribuir para o prestígio deste festival”, reforçou o administrador.
Com a abertura do hotel anunciada por várias vezes, e inicialmente prevista para o verão do ano passado, Jorge Costa justifica o atraso com as “dificuldades no fornecimento de alguns equipamentos”. “O mais tardar, em setembro, contamos que o hotel vai abrir”, garantiu o responsável.
O concerto do Cistermúsica na biblioteca permitiu desvendar um pouco do que o Montebelo Mosteiro Alcobaça Hotel vai oferecer a hóspedes e visitantes. “É a sala mais importante desta unidade e nesta sala a obra está concluída. Associarmos o primeiro evento no hotel a um festival com tanto prestígio foi muito importante para nós e foi um orgulho ver uma casa cheia. Foi bom para o hotel, para o festival e para a cidade”, garantiu.
Sobre o Jardim do Obelisco, o administrador da Visabeira Turismo admitiu ser “uma preocupação”. “Há uma parceria com a DGPC e a Câmara e era muito importante que esta situação se resolvesse, porque temos uma parte do hotel virado para o Jardim. Além disso, temos a certeza que, quando for recuperado, será um espaço muito importante para a cidade e, por isso, era bom que o processo avançasse”. Jorge Costa considera ainda que a situação da Rua D. Pedro V, relativa aos antigos armazéns da Raimundo e Maia, “vai acabar por se resolver” com a abertura do hotel.
Num projeto que rondou os 18 milhões de euros (a previsão era de 15 milhões) e que tem assinatura do arquiteto Souto de Moura, o grupo Visabeira tem estado, nos últimos três anos, a recuperar o claustro do Rachadouro, cuja degradação se acentuou nos últimos 15 anos, desde que ali deixou de funcionar o Asilo da Mendicidade de Lisboa.