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Casas com História: Café e mercearia Isilda cruza gerações há mais de 30 anos

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É à beira da estrada, na reta do Casal do Marques, que se situa um dos espaços comerciais mais antigos da freguesia da Cela. O café e mercearia Isilda já conta com mais de três décadas de “porta aberta”. 

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Inicialmente abriu apenas como mercearia. A data que consta do alvará é a de 21 de março de 1990. Isilda Dias, o rosto do estabelecimento comercial, aproveitou um espaço de família e decidiu investir naquele ramo de negócio.

Os pais, José Eusébio Dias e Amélia Dias, estavam ligados à produção de fruta, que vendiam no mercado, – sendo que ambos também se dedicavam à criação de gado – e esse foi um dos fatores que motivou Isilda a entrar no mundo empresarial.

E assim foi durante nove anos. “O início foi bastante bom. Ainda não havia hipermercados, aqui na zona a oferta deste tipo de produtos de mercearia era escassa e naquela época vendíamos bastante. Éramos um ponto de referência da freguesia da Cela”, sublinha.Com o passar dos anos, outra ideia surgiu: potenciar o espaço existente e aproveitá-lo também para café. Aconteceu em 1999.

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A justificação prendeu-se com as necessidades que o negócio começou a exigir. “Passou a haver um decréscimo de vendas na mercearia e a ausência de cafés na zona levou a que tomássemos esta decisão”, nota Isilda Dias, que ficou satisfeita com os resultados obtidos nas décadas seguintes. Durante parte desse período, refira-se, o café e a mercearia foram geridos por José Eusébio Dias, Amélia Dias e Catarina Pedro, pais e filha de Isilda, respetivamente, uma vez que a empresária e o marido, Arménio Pedro, dedicaram-se à camionagem.

Depois disso, aproveitou para tirar um curso profissional que lhe deu equivalência ao 9.º ano, mas a opção recaiu por voltar ao negócio que tinha iniciado e que é um ponto de convergência para grande parte da população da localidade. “É verdade que este era o ponto de encontro diário de muita gente, mas com a covid-19 estivemos muito tempo fechados e isso refletiu-se nas vendas, claro. E se a porta ainda está aberta é porque o espaço vem de família e não pagamos renda.

Caso contrário, com tanta despesa e tão pouca faturação, já tínhamos fechado”, admite a comerciante, tentando ter algum otimismo para o futuro: “Tem-se visto tanta coisa que, muito sinceramente, não sei quem vai conseguir sobreviver a todos os problemas causados pela pandemia. Eu bem queria ter uma boa perspetiva para o negócio, mas não sei até quando poderá durar…”

Pese embora a situação atual, o patriarca da família está feliz. “Claro que é um orgulho ter uma casa aberta há tantos anos. O negócio já deu muito lucro, mas hoje só dá prejuízo”, lamenta José Eusébio Dias, antigo empresário de gado e de fruta no concelho.

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