A questão não é propriamente nova, mas tem-se agravado nos últimos tempos: o Elevador do Outeiro, em São Martinho do Porto, tem tido constantes problemas e o seu funcionamento é (bastante) irregular.
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Os vários problemas técnicos que têm assolado o equipamento fazem com que o elevador não tenha, muitas vezes, condições de segurança para poder circular, situação que tem causado inúmeros constrangimentos à população de São Martinho do Porto (e não só), que necessita de utilizar aquele meio de transporte para se dirigir à parte alta da vila, mais concretamente ao Largo Comendador José Bento da Silva.
Um grupo de moradores são-martinhenses demonstrou o seu descontentamento, através de uma carta enviada ao REGIÃO DE CISTER, na passada sexta-feira. “Inaugurado em outubro de 2008, este elevador público, da responsabilidade do Município de Alcobaça, nunca teve as manutenções adequadas ao seu funcionamento. (…) Desde junho de 2022 que o elevador está sem funcionar por períodos de tempo superiores a dois meses. (…) Tem sido desmazelo e despreocupação por parte do Município de Alcobaça ter este elevador sempre avariado”, pode ler-se no documento, no qual as críticas são reforçadas devido ao facto de alguns serviços estarem localizados na parte alta da vila, como a Junta de Freguesia e o posto de Correios, onde, defendem os moradores, “torna-se impossível para as pessoas com mobilidade reduzida lá chegarem para levantarem as suas reformas ou tratarem de outros assuntos”.
Perante este cenário, o REGIÃO DE CISTER contactou o presidente da Junta de São Martinho do Porto, que garantiu compreender as críticas dos fregueses, sendo que, afiança, “o executivo tudo está a fazer para resolver a situação”. Ainda de acordo com Nuno Vieira, “o elevador tem sofrido algumas intervenções de manutenção, sendo que o objetivo é que o caso possa ficar resolvido o quanto antes, para que a população possa utilizar aquele meio de transporte para todas as suas necessidades”.
O REGIÃO DE CISTER ouviu também Paulo Mateus, vereador da Câmara de Alcobaça com o pelouro da Mobilidade, que deixou a certeza de que a autarquia está atenta à situação e a fazer todos os esforços para resolver o assunto. “Há um problema na centralina e tem havido escassez de material no mercado. A Câmara de Alcobaça compreende os constrangimentos que a situação tem causado à população, também é um assunto que nos preocupa bastante e que tudo faremos para solucionar assim que possível”, assumiu.
Já na passada segunda-feira, em reunião de Câmara, o chefe do executivo municipal aflorou esta questão, quando questionado pela oposição. “É obrigatório termos empresas de manutenção e há uma empresa com um contrato em vigor. O problema é o pouco stock de materiais”, admitiu Hermínio Rodrigues, depois de questionado pela vereadora do PS, Liliana Vitorino.