No Sótão mora o sonho de conquistar títulos. É, pelo menos, essa a mensagem que o técnico Edi Milhazes, que substituiu João Carlos Delgado no cargo, transmitiu ao REGIÃO DE CISTER, dando conta de que a equipa de futebol de praia terá o objetivo de “vencer todas as partidas que disputar”.
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Nesta época, pelo panorama da modalidade, temos ainda mais essa responsabilidade”, destaca o ex-guarda-redes do clube, justificando-se com as desistências do campeão europeu, Casa do Benfica de Loures, assim como do Sporting. Precisamente os clubes que nas últimas temporadas têm colocado em causa a hegemonia do Sp. Braga – que conquistou seis dos últimos oito campeonatos (o Sporting venceu os outros dois).
E o fim do “reinado” bracarense é, aliás, um dos desafios que está na mente do jovem treinador, de 31 anos, que fez questão de afirmar que o primeiro grande teste é já no próximo dia 1 de abril, quando a formação da Nazaré defrontar os “guerreiros do Minho” na Supertaça. “Queremos já provar ao que vimos, tendo sempre como referência a conquista de troféus”, sublinha.
A equipa juntou-se oficialmente pela primeira vez no passado sábado, sendo que, durante esta semana, cumpriram-se as primeiras sessões de trabalho. O plantel do Sótão conta com 16 jogadores, dos quais 10 transitam da última época, mas, conforme sublinha Edi Milhazes, o objetivo passará por continuar a apostar na prata da casa.
“O caminho terá de ser sempre por aí, na aposta ‘no’ jogador nazareno. E quando digo nazareno, refiro-me não só aos originários e enraizados na Nazaré, mas também aos que são naturais de outras zonas da região, mas que tenham feito a formação nas camadas jovens de futebol de praia no Sótão”, atenta, sem descurar o facto de metade do plantel ser praticamente da “casa”.
“O clube tem como requisito quase obrigatório a composição do plantel com jogadores da Nazaré”, atirou Edi Milhazes, antevendo que “a contratação de experientes jogadores como Rui Coimbra (ex-Sporting), Bernardo Lopes, Diogo Dias e Tiago Batalha (todos ex-Casa do Benfica de Loures, sendo que os últimos dois são regressos), são um importante complemento a uma equipa que, por si só, já demonstrou muita qualidade.
Sobre o convite para assumir os destinos do Sótão, Edi Milhazes diz tratar-se de “saldar uma dívida” de quando não conseguiu ajudar o clube do coração a permanecer no principal escalão, em 2015. Nessa época, a equipa treinada por Paulo Henriques acabaria por perder no prolongamento diante do V. Setúbal (4-5), em Sesimbra, sendo despromovida ao escalão secundário.
Agora, Edi Milhazes, que representou o Nazarenos e o Pataiense enquanto futebolista, tem a oportunidade de se “redimir” e de fazer com que os sonhos dos títulos se tornem mesmo realidade, apetrechando, dessa forma, um Sótão que se quer (ainda mais) recheado de troféus.
Entretanto, a Seleção Nacional, que contou com o contributo dos nazarenos Jordan Santos e Rúben Brilhante (ambos do Sp. Braga) e dos jogadores Rui Coimbra e Bernas Lopes (ambos do Sótão), venceu a congénere da Moldávia (5-2 e 8-2) nos dois embates que integraram o primeiro estágio do ano da equipa das quinas.