A Associação Recreativa e Desportiva de Monte de Bois engalanou-se, na noite do passado dia 22, para comemorar uma festa muito especial. Falamos do 100.º aniversário de António dos Santos (mais conhecido por António “Fidalgo”), um “jovem” nascido e criado em Monte de Bois, localidade da freguesia do Bárrio, onde sempre viveu e trabalhou. No campo.
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A celebração teve direito a casa cheia. Familiares e amigos não perderam a oportunidade de marcar presença no jantar preparado especialmente para a ocasião e, dessa forma, cerca de 150 pessoas encheram um dos salões da associação para festejar e, porque não, homenagear uma figura ímpar da freguesia.
Sim, porque António dos Santos não é só o homem mais velho de Monte de Bois, como também da freguesia do Bárrio. E a festa, como pode imaginar-se, foi mesmo de arromba. Para o efeito, não podiam faltar família e amigos. Sendo que alguns dos familiares viajaram propositadamente do Canadá para marcarem presença no aniversário de António “Fidalgo”.
E desengane-se quem pense que o barriense não continua na possa das suas plenas faculdades. Tal como, de resto, ficou bem patente na conversa que teve com o REGIÃO DE CISTER. Sentado à mesa, à espera que o jantar fosse servido, António dos Santos abriu o coração e falou sobre o sentimento que lhe invadia a alma. “É um dia muito bonito. Estou muito contente por ter aqui tantos familiares e amigos. É uma alegria tremenda, sem dúvida nenhuma”, começou por dizer o centenário. Mas, afinal, qual é o segredo para uma vida tão cheia? “Comer, beber e ter saúde!”, acrescentou, por entre os sorrisos dos descendentes que o rodeavam.
O legado é grande. Afinal, António dos Santos tem duas filhas, quatro netos, oito bisnetos e três trinetos. Nem todos puderam estar presentes na festa, mas a verdade é que quando se juntam é sempre… casa cheia! E a figura do patriarca é muito elogiada por quem com ele lidou toda a vida.
“Foi sempre um pai na verdadeira aceção da palavra. Muito nosso amigo, muito próximo e sempre disponível a ajudar-nos”, conta uma das filhas, Maria Emília, que reparte com a irmã, Maria Izilda, a responsabilidade de ter o pai em casa: “Ele está 15 dias comigo e outros 15 com a minha irmã. Não dá trabalho nenhum, até porque é completamente independente e nunca fica doente”.
Ana Paula Dias e Helena Bento foram as duas netas que vieram do Canadá para festejarem a data. “Só faltaria se fosse mesmo impossível viajar. O meu avô foi sempre muito brincalhão e eu passava imenso tempo em casa dele durante a minha infância”, recorda Ana Paula Dias, de 57 anos.
O mesmo brilho nos olhos apresentava Helena Bento: “Nunca o vi chateado. Foi sempre um homem extraordinário. Sempre me chamou borboleta e eu sentava-me ao colo dele para comer o caldo da sopa”, acrescenta Helena Bento.
O futuro? “Até quando Deus quiser”, concluiu o centenário. Muitos parabéns, senhor António “Fidalgo”. Saúde!