“Longing as Struggle” é o título da exposição que pode ser visitada na Central-Periférica, em Alcobaça, até ao dia 5 do próximo mês. Organizada pela BABEL – Organização Cultural, a mostra inaugurada no passado dia 31 apresenta uma seleção de trabalhos em fotografia, vídeo, desenho e instalação da autoria dos artistas ucranianos Valerie Karpan, Oleksandra Lytvyn, Maryna Marinichenko, Clemens Poole, Yehor Polishchuk, Oleksii Voitikh e Kamila Yanar que escolheram Alcobaça para se refugiarem da guerra que assolou o seu país.
As obras em exposição resultam de uma residência artística que teve como finalidade “estabelecer interpretações próprias” e “reavivar memórias antigas” da Ucrânia que “aproximasse os artistas, ainda que ficticiamente das suas próprias paisagens, hoje destruídas”. A iniciativa teve ainda como objetivo a “busca de propostas de reestruturação da realidade que pudessem ultrapassar as circunstâncias de uma experiência individual e tornar-se coletivamente relevantes também noutras geografias”, avança a organização, através de um comunicado enviado ao REGIÃO DE CISTER.
“Os artistas envolveram-se num processo de investigação artística em torno de memórias fictícias que têm como denominador comum o conceito de Traumascapes, da autora ucraniana, judia e australiana Maria Tumarkin”, adianta ainda a presidente da BABEL- Organização Cultural, Margarida Saraiva. No decorrer desta residência artística que teve início no passado mês de maio e contou com o apoio da organização Artists at Risk e pela Fundação Oriente, os sete artistas exploraram as ruínas dos complexos industriais da região, observaram as periferias urbanas, procuraram sinais de deterioração nas suas próprias residências e observaram ainda a desigualdade social e o que lhes pareceu resultar de processos de corrupção.
A exposição “Longing as Struggle” pode ser visitada às sextas-feiras, das 18 às 22 horas, e também aos sábados, entre as 15 e as 19 horas.