Paulo Mateus é o novo vice-presidente da Câmara de Alcobaça. A nomeação foi oficializada na passada terça-feira pelo chefe do executivo municipal, na sequência da demissão da vereadora e vice-presidente, Inês Silva.
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O vereador, eleito pela primeira vez nas últimas eleições autárquicas, em outubro de 2021, e que ocupava o 3.º lugar na lista do PSD à Câmara, passa assim a ser o braço direito de Hermínio Rodrigues. “É mais uma responsabilidade acrescida às que já tenho enquanto membro do executivo municipal. Agora é continuar o trabalho e o apoio ao presidente da Câmara“, salientou Paulo Mateus ao REGIÃO DE CISTER, que também assume o cargo de presidente da Comissão Política Concelhia de Alcobaça do PSD. O antigo presidente da Junta da Cela (entre 2009 e 2017) assume as pastas da Mobilidade, Ambiente e Agricultura, Proteção Civil e Património Municipal, desconhecendo-se, para já, se lhe serão atribuídos ou redistribuídos outros pelouros.
Por definir continua o nome de quem vai substituir Inês Silva na vereação, bem como a atribuição dos pelouros que a beneditense assumia (Educação e Investigação, Cultura, Juventude e Infraestruturas).
Ao que o REGIÃO DE CISTER apurou, a n.º 5 da lista do PSD à Câmara, Eugénia Machado, que já ocupava a função de assessora nas áreas do Turismo e da Economia na autarquia desde que Hermínio Rodrigues é o chefe do executivo municipal, terá recusado assumir o cargo de vereadora. Até à data do fecho desta edição, não foi possível contactar a beneditense para justificar as razões que terão levado à recusa do cargo. Assim, o convite já terá sido feito à jovem Anita Soares, nome que se seguia na lista.
Ainda não terá sido dada uma resposta, aguardando-se o anúncio do presidente para a próxima reunião do executivo, agendada para a próxima terça-feira. Até à data do fecho desta edição, não foi possível contactar Hermínio Rodrigues para comentar o assunto.
Em comunicado, já depois da última reunião do executivo municipal, que decorreu na passada segunda-feira, os vereadores do PS confirmam terem sido informados pelo presidente das razões que levaram à demissão de Inês Silva, considerando não ter sido mais do que “um estado de alma”, em que a ex-vereadora exterioriza o desagrado pela forma como o trabalho está a ser desenvolvido. “Entendo que a forma como o trabalho está a ser desenvolvido não se coaduna com a minha maneira de estar e de sentir”, terá escrito Inês Silva, na carta de renúncia de mandato do cargo para o qual foi eleita em 2021, dirigida ao presidente da Câmara. Inês Silva vai mais longe ao assumir ter aceite o desafio “em prol das populações do concelho” e “não apenas para ocupar um lugar político”, escreveu a ex-vereadora no documento.
A oposição socialista manifestou “forte preocupação” com esta situação, falando de uma “maioria de cadeira vazia, coxa, ausente, como o vazio do trabalho em equipa e o constante vazio das estratégias municipais”. Uma situação que os vereadores eleitos pelo PS, Carlos Guerra, António José Henriques e Liliana Vitorino, consideram “no mínimo lamentável ou pior que isso“.