Parado há várias décadas, o órgão do Santuário Nossa Senhora da Nazaré vai ser restaurado, por iniciativa do maestro Adelino Mota, que pôs em marcha um plano para reabilitar o instrumento. Esta semana, o valadense reuniu com o presidente da Mesa Administrativa da Confraria Nossa Senhora da Nazaré para dar início à constituição de uma comissão de acompanhamento.
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“Merece ser tocado e ouvido”, resume Adelino Mota, lembrando que o órgão é de “um grande construtor organeiro” e é um tipo de órgão que só foi construído na Península Ibérica. Depois de constituída a comissão, o passo que se segue é avaliar as necessidades e pedir orçamentos. “Temos de perceber se há fundos aos quais nos podemos candidatar e haverá, por certo, contribuição da Confraria e também pediremos apoio à Câmara”, descreve o maestro. Adelino Mota consultou, entretanto, um construtor organeiro, que lhe garantiu “que vale a pena ser recuperado”.
A Confraria já reagiu à intenção de Adelino Mota, manifestando “muito agrado” pelo projeto. “Finalmente alguém interessado no património”, lê-se ainda na publicação difundida nas redes sociais.
Para Adelino Mota, que quer devolver o instrumento de teclas ao Santuário, “é um desperdício” o órgão estar parado. O maestro lembra ainda que existe a disciplina de órgão litúrgico em algumas escolas de música da região e defende que “faz todo o sentido” haver aulas no órgão após o restauro. “É também uma forma de chamar mais músicos para este instrumento”, acrescenta o valadense, para quem o objetivo principal é que o órgão de tubos volte a ser utilizado nas missas, mas também em concertos.
“Não sei quanto tempo vai demorar, mas temos essa determinação”, diz ainda Adelino Mota, que vai começar uma pesquisa de fundo sobre o órgão do Santuário Nossa Senhora da Nazaré.