O tempo é hoje uma das “moedas” mais valorizadas. Nos negócios, na governação política, em contexto escolar ou na vida pessoal, é inegável que a cada dia, sofremos todos a chamada síndrome da falta de tempo. Por outro lado, todos já ouvimos dizer que não existe real falta de tempo, mas apenas falta de prioridades. O facto é que, recorrentemente, vemo-nos atolados em projetos que não conseguimos dar conta porque o tempo nunca é o suficiente! Esperem; mas será que o tempo é mesmo escasso, ou apenas não conseguimos definir prioridades? Einstein disse que “falta de tempo é a desculpa dos que perdem tempo por falta de métodos”. Então se planearmos atividades resolvemos todos os problemas!? Não! Não podemos abraçar o mundo; o nosso limite temporal diário obriga a restringir o número de atividades que podemos fazer. O facto, é que mesmo depois de planearmos tudo, há sempre projetos que ficam de fora! Porquê? Porque não eram prioritários! Então, parece que o problema não é a falta de tempo, mas sim a falta de prioridade!
A solução está na prioridade que atribuímos aos compromissos e obrigações. Se hierarquizarmos as prioridades de acordo com o tempo – curto, médio e longo prazo – resolvemos o problema? Sim, mas atenção; que não nos esqueçamos de dar prioridade ao mais importante: a saúde. A verdade é que nos últimos anos observamos um cenário complexo e problemático: vive-se na era das sociedades que confundem o estar “ocupado” com o ser “produtivo. Isto afeta profundamente a saúde física e mental. Falta de tempo é uma realidade. A forma como a sociedade se articula gera mesmo uma falta endémica de qualidade de vida, de lazer e de vínculo com as pessoas que amamos. Falta de tempo causa miséria emocional, pessoal e psicológica e isto vê-se na sociedade atual. A falta de tempo rouba a felicidade e também a vida. Urge ganhar tempo para ganhar vida! Como ganhamos tempo? Estabelecendo prioridades!