O orçamento da Câmara de Alcobaça para 2024, no valor de 63.397.300 euros, foi aprovado na última sessão ordinária da Assembleia Municipal de Alcobaça, realizada na noite da passada quinta-feira, no auditório da Biblioteca Municipal.
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O documento foi aprovado com 22 votos a favor, 7 contra da bancada do PS e as abstenções de José António Correia (Nós, Cidadãos) e António Raposo (CDU).
Quando tomou a palavra para explanar os investimentos previstos no orçamento, o presidente da Câmara de Alcobaça falou de três pilares essenciais.
“Pretendemos ter um concelho cada vez mais resiliente, inclusivo, coeso e sustentável. Para isso, apresentamos este orçamento assente em três eixos fundamentais: a felicidade, o território e a economia”, assumiu Hermínio Rodrigues, que deixou ainda a garantia de que “executivo municipal afirmará Alcobaça como concelho de excelência para viver e empreender”.
O social-democrata prometeu ainda que “em 2024 a autarquia continuará a trabalhar em prol da terra de paixão, território onde a economia é resiliente e inovadora, e a felicidade está patente em cada um de nós”.
As explicações não convenceram os deputados municipais do PS, que justificaram o voto contra o orçamento pela falta de projetos estruturantes para o concelho, entre outras críticas às ideias do executivo camarário do PSD.
Por entre as várias apostas que constam do documento, e que englobam setores como a educação, a saúde ou a economia, o maior investimento previsto no orçamento camarário para o ano vindouro é referente à requalificação da EB 2,3 Frei Estêvão Martins, em Alcobaça, e à construção do Centro Escolar de Pataias (cerca de 5 milhões de euros), algo que foi justificado por Hermínio Rodrigues como “o compromisso na requalificação do parque escolar do concelho”. Outro valor que salta à vista é o apoio às Juntas de Freguesia (cerca de 4,3 milhões de euros).
Na área da economia, a autarquia destaca a Área de Localização Empresarial da Benedita e o Pavilhão Multiusos como duas das grandes apostas para 2024, sendo que, no que concerne à saúde, está prevista a requalificação do Centro de Saúde da Cela e ainda os estudos para os projetos dos Centros de Saúde de Alcobaça, Aljubarrota e Évora de Alcobaça.
Também em termos desportivos a Câmara de Alcobaça tem vários objetivos em mente, como são os casos das obras de melhoria do Estádio Municipal de Alcobaça, a requalificação do campo de futebol do Bárrio (que, tal como o REGIÃO DE CISTER antecipara, vai comportar um investimento de cerca de 320 mil euros), melhorias nas Piscinas Municipais de Alcobaça e também do Pavilhão dos Candeeiros.
Hermínio Rodrigues salientou ainda o património histórico do concelho, com especial incidência para as obras de requalificação do Mosteiro de Coz e do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça.
Os cerca de 63 milhões de euros constantes do orçamento para 2024 superam em 5,6 milhões os valores de 2023.
Serviços Municipalizados de Alcobaça dispõem de verba a rondar os 10 milhões de euros
Também na sessão ordinária da Assembleia Municipal foi votado o orçamento dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS). O documento, no qual consta uma verba de 9,8 milhões de euros, mereceu a aprovação de 19 deputados municipais, sendo que, também neste caso, os sete deputados municipais do PS votaram contra.
Hermínio Rodrigues elogiou o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos SMAS, mas também deixou a garantia que a Câmara continuará a apoiar no que for preciso.
“Os SMAS têm de ser sustentáveis por si próprios e todos nós sabemos que o são, porque são bem geridos. Mas há determinadas situações em que os SMAS não têm condições para suportar determinados custos e, aí sim, o Município tem de dar o seu apoio”, notou.
Ainda de acordo com o chefe do executivo municipal, “os SMAS têm trilhado um caminho de responsabilidade ambiental e é exatamente isso que deve ser feito e que, com toda a certeza, continuará a ser feito”.
Entre as várias apostas dos SMAS para 2024, Hermínio Rodrigues destacou “a gestão de perdas de água, algo que já é feito, mas que ainda pode ser melhorado”, bem como “a melhoria na qualidade dos serviços aos munícipes”, para além da “ligação de Chiqueda a Alcobaça” e ainda a resolução do problema das “roturas de água que acontecem com frequência na EN 8-6, na Benedita”.