O tecido económico da nossa região é composto por empresas dos mais diversos setores de atividade, com grande capacidade de adaptação e resiliência ao desenvolvimento tecnológico, económico, social e até cultural, que requer uma continua mudança de métodos na forma de produzir, comerciar e de negociar nos mercados em que operam. Esta resiliência deve-se em grande parte ao espírito empreendedor e querer dos empresários da região, em procurar saídas e cumprir os seus compromissos para os seus stakeholders, não se deixando sucumbir às crises económicas que ciclicamente vão surgindo no setor em que operam.
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Já passámos por grandes crises, aquando do encerramento das grandes fabricas, suporte económico de muitas famílias. Encerramentos e reestruturação de setores dos vidros, da cerâmica, na construção civil, etc., afetaram em cadeia toda a economia regional, tendo os empresários tido arte e engenho para resistir e superar estas situações. Também, a agricultura e fruticultura, com forte desempenho na região, tem tido e sabido adaptar-se às novas tecnologias de cultivo, apanha e conservação, o que permite colocar no mercado produtos melhores, mais cedo, a melhor preço.
O turismo, seriamente afetado pela crise pandémica (COVID-19), recuperou em dois anos para valores pré-pandemia, mantendo um bom crescimento económico na região. Os empresários investiram (pese embora o aumento brutal das taxas de juro), de modo a melhorar os seus espaços comercias, em designer e marketing, potenciando o aumento das vendas e receitas das suas empresas. Também não foi descurada a formação dos empregados para uma melhor adaptação as mudanças ocorridas, de modo a manter a qualidade dos produtos e serviços, bem como aumentar a produtividade.
As nuvens negras da economia não estão de maneira nenhuma afastadas e se a pandemia nos trouxe atrasos, condicionamentos nos mercados, nestes últimos 2 anos, as guerras que, entretanto, eclodiram, a subida de combustíveis/energia teve um impacto direto, nos custos de produção de todos os setores, nomeadamente os que tem no seu produto uma forte componente de combustíveis ou energia, obrigam a uma constante atenção e predisposição dos empresários para se adaptarem e rapidamente mudarem.
A falta de execução dos PRR, a incerteza fiscal, económica e as necessidades de pessoal qualificado disponível, são dos maiores condicionantes de crescimento em muitas empresas.
A visão e o investimento por parte dos responsáveis pelas autarquias, poderá aumentar o número de empresas a instalarem-se na região e consequentemente, contribuir para o aumento dos residente e ou atrair consumidores que consolidem a economia regional. Eu, acredito na capacidade dos nossos empresários, que têm o potencial de mudança e inovação, resiliência, domínio dos processos e dos recursos e que conjuntamente com os seus colaboradores irão gerar uma cadeia de valor ganhadora, superando todos os desafios que se colocam neste atribulado início do século XXI.