O “Atelier do Chef Ricardo” é o primeiro espaço físico de venda ao público do beneditense e abriu no início do mês de dezembro, em Lisboa, mais precisamente, na Rua Almirante Pessanha.
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O conceito daquele estabelecimento visa dar continuidade à promoção de iguarias regionais aproveitando as vantagens da localização. “O espaço está situado numa zona visitada por turistas e queremos aproveitar esse fator para dar a conhecer os nossos produtos também a quem vem de fora”, justifica o chef, um reconhecido embaixador dos produtos da região Oeste. “Os estrangeiros valorizam muito a questão dos produtos mais locais”, acrescenta Ricardo Raimundo.
Além dos produtos criados pelo chef, entre os quais a “Tarte de Queijo”, “Tarte de queijo e Maçã de Alcobaça” e “Tarte de Maçã de Alcobaça e Uva Passa”, no Atelier do Chef Ricardo estão ainda disponíveis para venda artigos de algumas casas, produtores e chefs da região Oeste, como o gin, a ginja, a sidra e vários produtos de pastelaria.
“Um dos objetivos do espaço é dar maior expressão a produtores regionais que não produzem em grande escala, não distribuem a sua produção para grandes superfícies ou não têm tanta divulgação da sua marca em sites e redes sociais”, explica o beneditense, revelando a parceria com algumas marcas da região para ser revendedor dos artigos.
A marca “Atelier do Chef Ricardo”, registada em 2017, dá assim mais um passo para a afirmação no mercado com a abertura do primeiro espaço físico, algo que já era um desejo antigo. “A ideia surgiu antes da pandemia, mas atendendo às circunstâncias, o projeto teve de ser adiado quatro anos. Mais recentemente, surgiu esta oportunidade que decidi aproveitar”, conta Ricardo Raimundo, realçando que “abrir portas antes do Natal era uma prioridade”, devido ao potencial comercial inerente à festividade.
Quanto ao futuro, o professor da Escola Profissional de Ourém e formador na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, em Peniche, mostra-se otimista, mas cauteloso. “Perspetivo um crescimento gradual e sustentado porque existem sempre fatores que não controlamos e que muitas vezes acabam por nos fazer alterar os planos”, afirma.
O espaço, localizado entre a Igreja de São Roque e a Baixa do Chiado, tem cerca de 50 metros quadrados, contando com um colaborador para além do proprietário. “Com o tempo irei trazer novos produtos, nomeadamente, alguns que quero criar ainda. No futuro, mediante o decorrer do negócio, avaliarei se há necessidade ou não de expansão”, revela.
Quase um mês após a abertura do espaço, o balanço que faz é “positivo”, mas, ainda assim, o chef sabe que há “um caminho a percorrer”. “O primeiro passo é dar a conhecer o produto às pessoas que nos visitam para que reconheçam a qualidade das iguarias da região Oeste”, explica o empreendedor, salientando também a importância de todo o trabalho de promoção que tem feito nas redes sociais.