“Rua das Papoilas, N.º7” é o título do livro de estreia de Carolina Sousa, que foi apresentado na Biblioteca Municipal de Alcobaça, no passado dia 13.
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Recentemente lançada pela Cordel D’Prata, a publicação é centrada na história de oito personagens distintas: uma velhota e uma prostituta que se encontram à entrada de um prédio, duas raparigas que bebem café na esplanada da esquina, uma mulher que cai e outra que a levanta, uma mãe que perde a filha e ainda outra que perde o irmão. A vida e o dia-a-dia destas pessoas entrelaçam-se numa só e assim se inicia a tragédia que destruirá uma destas mulheres.
A obra foi escrita após o regresso de uma viagem de cinco meses à América do Sul, em que a autora se apercebeu das “várias diferenças e infinitas semelhanças que existem entre toda a gente” e também concluiu que “a vida humana é, em si, bastante extraordinária”.
“Por irónico que pareça, o livro é o oposto de uma viagem física, pois passa-se todo no mesmo prédio”, avança a escritora natural de Alpedriz, em declarações ao REGIÃO DE CISTER, acrescentando que o livro é “uma viagem entre pessoas, em que cada apartamento representa um capítulo e uma personagem diferente”.
Mostrar aos leitores que as vidas das pessoas comuns, neste caso a vida das pessoas de um prédio, são mais ricas e complexas do que pode parecer à primeira vista, é a principal mensagem de “Rua das Papoilas, Nº7”.
“Vivemos num mundo em que a maioria de nós não é vilão nem herói, estamos todos, no fundo, a fazer o melhor que podemos com aquilo que temos”, salienta Carolina Sousa. “Por isso mesmo, devemo-nos lembrar do quão importante é a compaixão ao invés da crítica barata e fácil”, nota ainda. Este é um romance sobre o quotidiano e as relações humanas que promete fazer refletir e mudar mentalidades.