A Área de Localização Empresarial da Benedita (ALEB), agora denominada Zona Empresarial Responsável da Benedita, deverá ficar (finalmente) concluída até ao próximo mês de abril, sendo que, em paralelo com as obras que estão a ser feitas na Quinta da Serra há também um outro passo que tem de ser dado: a formalização do regulamento de funcionamento de uma infraestrutura que será gerida pelo município de Alcobaça em parceria com a Junta de Freguesia da Benedita.
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Este regulamento é imprescindível para que os empresários que se queiram instalar na ALEB ou tenham intenção de transferir as empresas para aquele espaço possam tomar uma decisão relativamente à aquisição de um lote de terreno.
“Sem me querer vincular a qualquer data, até porque essa situação não depende de nós, acredito que o regulamento da ALEB pode ficar concluído até final de março”, explica ao REGIÃO DE CISTER a presidente da Junta da Benedita, numa visita ao local das obras.
“O compromisso que temos com o município é que o regulamento não seja discutido em reunião de Câmara antes que nos sentemos e falemos sobre ele. Não é possível partir para vendas de lotes sem haver regulamento, naturalmente. Ou seja, o regulmento, nesta altura, é o mais urgente”, esclareceu Maria de Lurdes Pedro.
A ALEB é um investimento estruturante para a Benedita e para o concelho e apresenta um modelo de governança que é pouco comum a nível nacional: a gestão do espaço será da responsabilidade da Junta, ao abrigo da delegação de competências.
“Temos esse compromisso com o presidente Hermínio Rodrigues, tal como já tínhamos com o anterior presidente da Câmara, Paulo Inácio, e o facto de a ALEB ser gerida pela Junta da Benedita é, para nós, o reconhecimento da capacidade que poderemos ter para gerir este espaço”, sublinha Maria de Lurdes Pedro, que tem noção da “empreitada” que tem pela frente, mas reitera a vontade de concretizar esta opção estratégica com a Câmara.
“Claro que a nossa equipa está orgulhosa dessa decisão e assumimos que tecnicamente temos condições para o fazer. É um desafio enorme para a freguesia, mas este executivo está preparado para continuar a fazer crescer a nossa terra. Para nós, não há política sem trabalho”, salientou a autarca, que nos últimos meses se tem desdobrado em contactos para garantir que tudo fica a postos no dia da abertura.
Neste sentido, a Junta da Benedita e a Câmara de Alcobaça “têm estado a auscultar empresários” relativamente à possibilidade de os mesmos decidirem investir na ALEB, mas, acrescenta ainda Maria de Lurdes Pedro, “são apenas trocas de ideias, nada vinculativas nem com qualquer compromisso”: “Ninguém sai da Junta da Benedita a dizer que comprou, nem ninguém fica na Junta da Benedita a dizer que vendeu”.
Relativamente aos setores de atividade que poderão estar representados nos cerca de 110 hectares do espaço na Quinta da Serra, a autarca acrescenta que, neste momento, “não é fácil dizer quais são”, até porque têm “recebido empresas de variadíssimos setores e há abertura para conversar com todas”. Dessa forma, reforça, “só depois de concluído e aprovado o regulamento é que poderão existir negócios” relativos à venda dos 76 lotes de terreno que compõem a ALEB”.
A área empresarial, assegura Maria de Lurdes Pedro, “vai dimensionar ainda mais a Benedita”, mas a presidente de Junta acrescenta que esta nova realidade económica “obriga também a pensar nas questões da habitação e da educação”, porque o objetivo passa por “fixar mais famílias na Benedita e no concelho de Alcobaça”. “Temos de criar estratégias que deem respostas a todas estas necessidades porque queremos uma freguesia preparada para crescer”, garante a autarca.
Tem havido também alguma preocupação relativamente às pequenas empresas que não têm condições para mudar-se para a ALEB, algo que está a ser devidamente ponderado. “Temos de trabalhar para que a ALEB não venha a consumir as pequenas e médias empresas e o regulamento será a ferramenta mais importante para controlar e precaver esta situação.
O poder político, neste caso, a Junta da Benedita e a Câmara de Alcobaça, tem a obrigação de defender essas mesmas empresas e o regulamento vai contemplar isso mesmo”, observa Maria de Lurdes Pedro, admitindo também que a recente requalificação do IC2 “permite que a ALEB tenha as melhores acessibilidades”.
A presidente da Junta não esconde que a gestão permitirá à Junta da Benedita um acréscimo de receitas. “Teremos de ter a receita correspondente à gestão, mas também teremos despesas. À partida, ficaremos com mais possibilidades de dar melhores condições à freguesia”, nota a autarca, revelando que o espaço deverá também contemplar um centro de exposições para eventos sociais.
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