O Partido Comunista Português (PCP) inaugurou o novo centro de trabalho no passado dia 11, na Rua da Liberdade, em Alcobaça. O momento contou com a presença do secretário-geral daquela força política, Paulo Raimundo, que atribuiu ao concelho uma importância estratégica do ponto de vista de intervenção política e para a perspetiva de futuro do PCP.
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“Estamos empenhados em crescer e alargar a nossa influência, a nossa ação e a nossa intervenção. A aposta em Alcobaça é uma perspetiva de futuro, sendo um grande concelho que se situa numa zona de importância estratégica no que concerne à intervenção política”, justificou o líder do PCP, em declarações aos jornalistas.
Já no discurso efetuado na cerimónia de inauguração, que contou com mais de uma centena de simpatizantes do partido, Paulo Raimundo vincou a importância de criar melhores condições de intervenção. “É preciso estar junto dos trabalhadores, nas empresas, nos locais de trabalho, junto das populações, junto aos centros de saúde e junto de onde é necessário resolver problemas”. O comunista frisou ainda que o novo centro de trabalho “é uma casa de liberdade, aberta a todos os democratas” e um espelho dos valores do partido. “Se há coisa a que esta sede está profundamente ligada é aos trabalhadores, ao povo, à luta de resistência, contra o fascismo e à construção com as nossas mãos daquilo que foi a revolução de Abril e de cada uma das suas conquistas”, atirou.
Ao REGIÃO DE CISTER, António Lemos, membro da comissão concelhia de Alcobaça do PCP, explicou que o novo espaço vai permitir dar resposta às necessidades crescentes no território. “Necessitávamos de um centro de trabalho maior, porque o que tínhamos era pequeno. Esta nova sede permite-nos aumentar o espaço disponível para reuniões, para que possamos discutir estratégias e orientar uma melhor intervenção junto da população”. António Lemos sublinha também que o crescimento do PCP na região motivou o investimento nas novas infraestruturas. “Embora possa não parecer, temos tido um aumento de militantes dado o contexto político que vivemos, nomeadamente, o crescimento da extrema-direita. Há pessoas que estão preocupadas e têm-se juntado ao partido”, afirma.
Luísa Silva, também membro da comissão da concelhia, enalteceu “o esforço e o trabalho militante” para abrir o novo centro do trabalho, anunciando a abertura de uma campanha de fundos com o objetivo de recolher 5 mil euros até abril de 2025.
No concelho, a CDU perdeu a representação no executivo municipal em 2017, tendo conseguido eleger apenas um deputado na Assembleia Municipal nas últimas eleições autárquicas.