A Associação de Bem Estar em Cruz da Légua (ABECL) passou a disponibilizar cinco camas destinadas a utentes que tiveram alta hospital e que permanecem internados, por falta de apoio familiar.
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O protocolo com a Segurança Social foi assinado no passado sábado, mas as vagas já estão, desde a semana passada, ocupadas por idosos que deixaram o Hospital Amadora-Sintra e que verão a instituição da freguesia das Pedreiras como sua casa, durante os próximos tempos, até terem uma resposta social mais próxima à sua área de residência ou até que as respetivas famílias tenham condições para os voltar a acolher.
Quando isso acontecer, a IPSS da Cruz da Légua voltará a estar preparada para receber temporariamente outros utentes de diferentes pontos do País que serão previamente selecionados pela Segurança Social. “Não estamos a tirar vagas do lar residencial. Já tínhamos alguns quartos de isolamento Covid desocupados e que não estavam licenciados para vagas de lar”, explicou a presidente da Direção da ABECL, em declarações ao REGIÃO DE CISTER. “Rentabilizar esses quartos foi o principal objetivo desta candidatura”, sublinhou Cátia Silva, afirmando que o apoio de 1400 euros mensais por vaga vem, assim, proporcionar um “alívio financeiro” para a associação. “Através deste protocolo, queremos estimular as ligações entre a comunidade que vem de fora e a do nosso lar”, constatou ainda a dirigente.
Durante a cerimónia, o diretor do Centro Distrital da Segurança Social de Leiria destacou que a assinatura do protocolo representa o “início de uma caminhada que pode vir a dar mais frutos no futuro”. “É necessário que haja instituições que possam receber estas pessoas para que os hospitais possam libertar camas para verdadeiramente acudir e tratar quem delas precisa”, salientou, João Paulo Pedrosa, avançando que Leiria é o distrito do País que atualmente tem mais altas hospitalares.
Recentemente, foram abertas 50 novas vagas, dez das quais em IPSS do distrito (5 em Porto de Mós, 3 na Batalha e 2 em Pombal). Na totalidade, estão agora protocoladas 452 camas em todo o território nacional.
“Pretendemos reforçar esta solução no sentido de contratualizar mais camas, mas queremos também apostar nas outras soluções que apoiem os idosos nas suas casas, através de cuidadores e do apoio domiciliário porque entendemos que poderá ser uma solução mais permanente para os idosos”, defendeu a secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, que também marcou presença na cerimónia de assinatura do protocolo. Clara Marques Mendes referiu que as necessidades vão sendo aferidas semanalmente e que é possível que, durante este mês, abram novas vagas.